Estado do Rio de Janeiro/Natureza

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Rio no Parque Nacional da Serra dos Órgãos
Quaresmeira (Tibouchina granulosa)
Ipê (Tabebuia crysotricha)

O Estado do Rio de Janeiro compõe-se, basicamente, de uma estreita faixa de terra ao longo do litoral brasileiro. No seu interior, existe uma grande cadeia de montanhas: a Serra da Mantiqueira. Junto ao litoral, o relevo é baixo, formando uma planície que é estreita no oeste do estado e que se alarga ao se deslocar para o leste.

A vegetação típica do estado é a floresta tropical, chamada de Mata Atlântica, com quaresmeiras, ipês, paineiras, palmeiras, jequitibás, embaúbas, orquídeas e bromélias. Porém a ação do homem nos últimos quinhentos anos dizimou a maior parte dela para dar lugar a plantações, pastos e cidades. O pouco que restou dela faz parte atualmente de parques e reservas naturais, como o parque nacional de Itatiaia e o parque nacional da Serra dos Órgãos.

A fauna típica do estado sofreu com a diminuição das áreas de floresta. Hoje, animais como muriquis, onças, micos-leões-dourados, tatus, preguiças, gambás, quatis e jacutingas dificilmente podem ser encontrados no estado fora de reservas e parques naturais.

Ocasionalmente, focas e pinguins procedentes da Antártida e golfinhos e baleias aportam nas praias do estado.

No subsolo do estado, destaca-se a presença de petróleo na Bacia de Campos, que é um depósito sedimentar na plataforma continental próxima à cidade de Campos dos Goitacazes.

O maior rio do estado é o Paraíba do Sul, que corta o interior do estado no sentido oeste-leste. As suas águas são utilizadas para fornecimento de água potável para grande parte da população do estado (inclusive para a capital, através do desvio de parte de suas águas para o rio Guandu, que abastece a capital). Tal fato pode estar relacionado a um fenômeno que vem ocorrendo desde meados do século XX na foz do rio, na cidade de São João da Barra: a invasão do mar sobre o continente, fruto do aquecimento global e, provavelmente, da diminuição da vazão do Rio Paraíba do Sul devido à excessiva captação de suas águas para o consumo da população fluminense[1].

O litoral apresenta grandes reentrâncias que originam três baías: a baía da Ilha Grande, a baía de Sepetiba e a baía de Guanabara. A baía de Guanabara, atualmente, apresenta-se com água poluídas pelo esgoto doméstico e industrial da região metropolitana da cidade do Rio de Janeiro, o que torna as águas de suas praias impróprias para o banho de mar.

O clima é tropical, com temperatura média de 24 graus centígrados e precipitação anual entre 1 000 e 1 500 milímetros. Nas regiões mais altas, a média de temperatura pode cair para dezesseis graus e a precipitação subir para 2 500 milímetros. A primavera e o verão são períodos quentes e chuvosos, enquanto que o outono e o inverno são frios e secos. No sudeste do estado (a chamada Região dos Lagos), a precipitação cai para 750 milímetros devido à ação da fria Corrente das Malvinas.

O ponto culminante do estado é o Pico das Agulhas Negras, na Serra de Itatiaia, com 2 789 metros[2]. Nessa região, pode ocasionalmente nevar[3], porém muito raramente.

Referências