Engenharia sanitária/Espessamento
- Espessamento gravítico:
A forma mais simples de remover a água da lama líquida é deixar esta a decantar num tanque. Este tanque pode ser operado num regime batch em que o líquido sobrenadante é escoado ao fim de algumas horas de decantação e antes da bombagem das lamas espessadas. Alternativamente, o tanque pode ser operado em regime contínuo, com alimentação contínua de lamas e remoção contínua do sobrenadante e das lamas espessadas. Alguns tanques estão equipados com um dispositivo para efetuar a mistura lenta das lamas de modo a promover a floculação e a coagulação que melhoram a decantação acelerando deste modo o espessamento. Por vezes antes do espessamento são adicionados às lamas químicos, como polímeros, sais de ferro e alumínio, pois também promovem a coagulação, etc.
- Elutriação:
O espessamento, como foi descrito inicialmente, pode também ser promovido pela adição cuidadosa de um volume de água ao tanque de espessamento, seguida de agitação lenta durante algumas horas. A água adicionada promove a coagulação, a floculação e, paradoxalmente, o resultado final da elutriação é a remoção de um volume de água superior ao volume de água adicionado de início.
- Flotação por ar comprimido
Neste processo o ar é dissolvido na lama líquida e mantido a uma pressão superior à pressão atmosférica antes das lamas serem transferidas para um tanque. O ar dissolvido é libertado imediatamente sob a forma de bolhas finas, que aderem às partículas de lama, arrastando-as para a superfície e formando uma camada densa que pode ser removida. O processo às vezes é usado para espessamento do excesso das lamas ativadas.
- Centrifugação:
É usada para espessar e desidratar lamas sendo uma versão acelerada dos processos de decantação. No tipo de centrífuga mais comum, o tipo solid-bowl scroll, a lama é introduzida continuamente, geralmente com a adição de polímeros, sendo a centrífuga montada na horizontal e afunilada no fim. A estrutura rotativa faz com que a lama se deposite na periferia do rolo interno, que roda a velocidades ligeiramente diferentes, desloca a lama para a zona afunilada na qual o sólido desidratado, tipicamente com a humidade de 78-82% como concentrado, é descarregado na outra extremidade da centrífuga.