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Daemons de log do sistema
[editar | editar código-fonte]Os daemons de log do sistema registram as mensagens de saída do kernel (klogd
) e sistema (syslogd
) nos arquivos em /var/log
.
A classificação de qual arquivo em /var/log
receberá qual tipo de mensagem é controlado pelo arquivo de configuração /etc/syslog.conf
através de facilidades e níveis (veja [#s-log-syslogd-exemplo Arquivo de configuração syslog.conf
, Seção 17.2.1.1] para detalhes).
syslogd
[editar | editar código-fonte]Este daemon controla o registro de logs do sistema.
syslogd [opções]
- opções
- -f
- Especifica um arquivo de configuração alternativo ao
/etc/syslog.conf
. - -h
- Permite redirecionar mensagens recebidas a outros servidores de logs especificados.
- -l [computadores]
- Especifica um ou mais computadores (separados por ":") que deverão ser registrados somente com o nome de máquina ao invés do FQDN (nome completo, incluindo domínio).
- -m [minutos]
- Intervalo em minutos que o syslog mostrará a mensagem --MARK--. O valor padrão padrão é 20 minutos, 0 desativa.
- -n
- Evita que o processo caia automaticamente em background. Necessário principalmente se o
syslogd
for controlado peloinit
. - -p [soquete]
- Especifica um soquete UNIX alternativo ao invés de usar o padrão
/dev/log
. - -r
- Permite o recebimento de mensagens através da rede através da porta UDP 514. Esta opção é útil para criar um servidor de logs centralizado na rede. Por padrão, o servidor
syslog
rejeitará conexões externas. - -s [domínios]
- Especifica a lista de domínios (separados por ":") que deverão ser retirados antes de enviados ao log.
Na distribuição Debian
, o daemon syslogd
é iniciado através do script /etc/init.d/sysklogd
.
Arquivo de configuração syslog.conf
[editar | editar código-fonte]O arquivo de configuração /etc/syslog.conf
possui o seguinte formato:
facilidade.nível destino
A facilidade e nível são separadas por um "." e contém parâmetros que definem o que será registrado nos arquivos de log do sistema:
- facilidade - É usada para especificar que tipo de programa está enviando a mensagem. Os seguintes níveis são permitidos (em ordem alfabética):
- auth - Mensagens de segurança/autorização (é recomendável usar authpriv ao invés deste).
- authpriv - Mensagens de segurança/autorização (privativas).
- cron - Daemons de agendamento (
cron
eat
). - daemon - Outros daemons do sistema que não possuem facilidades específicas.
- ftp - Daemon de ftp do sistema.
- kern - Mensagens do kernel.
- lpr - Subsistema de impressão.
- local0 a local7 - Reservados para uso local.
- mail - Subsistema de e-mail.
- news - Subsistema de notícias da USENET.
- security - Sinônimo para a facilidade auth (evite usa-la).
- syslog - Mensagens internas geradas pelo
syslogd
. - user - Mensagens genéricas de nível do usuário.
- uucp - Subsistema de UUCP.
- * - Confere com todas as facilidades.
Mais de uma facilidade pode ser especificada na mesma linha do syslog.conf
separando-as com ",".
- nível - Especifica a importância da mensagem. Os seguintes níveis são permitidos (em ordem de importância invertida; da mais para a menos importante):
- emerg - O sistema está inutilizável.
- alert - Uma ação deve ser tomada imediatamente para resolver o problema.
- crit - Condições críticas.
- err - Condições de erro.
- warning - Condições de alerta.
- notice - Condição normal, mas significante.
- info - Mensagens informativas.
- debug - Mensagens de depuração.
- * - Confere com todos os níveis.
- none - Nenhuma prioridade.
Além destes níveis os seguintes sinônimos estão disponíveis:
- error - Sinônimo para o nível err.
- panic - Sinônimo para o nível emerg.
- warn - Sinônimo para o nível warning.
- destino - O destino das mensagens pode ser um arquivo, um pipe (se iniciado por um "|"), um computador remoto (se iniciado por uma "@"), determinados usuários do sistema (especificando os logins separados por vírgula) ou para todos os usuários logados via
wall
(usando "*").
Todas as mensagens com o nível especificado e superiores a esta especificadas no syslog.conf
serão registradas, de acordo com as opções usadas. Conjuntos de facilidades e níveis podem ser agrupadas separando-as por ";".
OBS1: Sempre use TABS ao invés de espaços para separar os parâmetros do syslog.conf
.
OBS2: Algumas facilidades como security, emitem um beep de alerta no sistema e enviam uma mensagem para o console, como forma de alerta ao administrador e usuários logados no sistema.
Existem ainda 4 caracteres que garantes funções especiais: "*", "=", "!" e "-":
- "*" - Todas as mensagens da facilidade especificada serão redirecionadas.
- "=" - Somente o nível especificado será registrado.
- "!" - Todos os níveis especificados e maiores NÃO serão registrados.
- "-" - Pode ser usado para desativar o sync imediato do arquivo após sua gravação.
Os caracteres especiais "=" e "!" podem ser combinados em uma mesma regra.
Exemplo: Veja abaixo um exemplo de um arquivo /etc/syslog.conf
padrão de sistemas Debian
# # Primeiro alguns arquivos de log padrões. Registrados por facilidade # auth,authpriv.* /var/log/auth.log *.*;auth,authpriv.none -/var/log/syslog cron.* /var/log/cron.log daemon.* -/var/log/daemon.log kern.* -/var/log/kern.log lpr.* -/var/log/lpr.log mail.* /var/log/mail.log user.* -/var/log/user.log uucp.* -/var/log/uucp.log # # Registro de logs do sistema de mensagens. Divididos para facilitar # a criação de scripts para manipular estes arquivos. # mail.info -/var/log/mail.info mail.warn -/var/log/mail.warn mail.err /var/log/mail.err # Registro para o sistema de news INN # news.crit /var/log/news/news.crit news.err /var/log/news/news.err news.notice -/var/log/news/news.notice # # Alguns arquivos de registro "pega-tudo". # São usadas "," para especificar mais de uma prioridade (por # exemplo, "auth,authpriv.none") e ";" para especificar mais de uma # facilidade.nível que será gravada naquele arquivo. # Isto permite deixar as regras consideravelmente menores e mais legíveis # *.=debug;\ auth,authpriv.none;\ news.none;mail.none -/var/log/debug *.=info;*.=notice;*.=warn;\ auth,authpriv.none;\ cron,daemon.none;\ mail,news.none -/var/log/messages # # Emergências são enviadas para qualquer um que estiver logado no sistema. Isto # é feito através da especificação do "*" como destino das mensagens e são # enviadas através do comando wall. # *.emerg * # # Eu gosto de ter mensagens mostradas no console, mas somente em consoles que # não utilizo. # #daemon,mail.*;\ # news.=crit;news.=err;news.=notice;\ # *.=debug;*.=info;\ # *.=notice;*.=warn /dev/tty8 # O pipe /dev/xconsole é usado pelo utilitário "xconsole". Para usa-lo, # você deve executar o "xconsole" com a opção "-file": # # $ xconsole -file /dev/xconsole [...] # # NOTA: ajuste as regras abaixo, ou ficará maluco se tiver um um site # muito movimentado... # daemon.*;mail.*;\ news.crit;news.err;news.notice;\ *.=debug;*.=info;\ *.=notice;*.=warn |/dev/xconsole # A linha baixo envia mensagens importantes para o console em que # estamos trabalhando logados (principalmente para quem gosta de ter # controle total sobre o que está acontecendo com seu sistema). *.err;kern.debug;auth.notice;mail.crit /dev/console
klogd
[editar | editar código-fonte]Este daemon controla o registro de mensagens do kernel. Ele monitora as mensagens do kernel e as envia para o daemon de monitoramento syslogd
, por padrão.
klogd [opções]
- opções
- -d
- Ativa o modo de depuração do daemon
- -f [arquivo]
- Envia as mensagens do kernel para o arquivo especificado ao invés de enviar ao daemon do
syslog
- -i
- Envia um sinal para o daemon recarregar os símbolos de módulos do kernel.
- -I
- Envia um sinal para o daemon recarregar os símbolos estáticos e de módulos do kernel.
- -n
- Evita a operação em segundo plano. Útil se iniciado pelo
init
- -k [arquivo]
- Especifica o arquivo que contém os símbolos do kernel. Exemplos deste arquivo estão localizados em
/boot/System.map-xx.xx.xx
.
A especificação de um arquivo com a opção -k é necessária se desejar que sejam mostradas a tabela de símbolos ao invés de endereços numéricos do kernel.