História e epistemologia da Física/A Revolução Quântica: diferenças entre revisões
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É a desintegração espontânea do núcleo atômico de alguns elementos (urânio, polônio e rádio), resultando em emissão de radiação. Descoberta pelo francês Henri Becquerel ( 1852 - 1909) poucos meses depois da descoberta dos raios X. Becquerel verifica que, além de luminosidade, as radiações emitidas pelo urânio são capazes de penetrar a matéria. |
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Dois anos depois, Pierre Curie e sua mulher, a polonesa Marie Curie, encontram fontes radiativas muito mais fortes que o urânio. Isolam o rádio e o polônio e verificam que o rádio era tão potente que podia provocar ferimentos sérios e até fatais nas pessoas que dele se aproximavam. |
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Existem três tipos de radiação; alfa, beta e gama. Á radiação alfa é uma partícula formada por um átomo de hélio com carga positiva. Radiação beta é também uma partícula, de carga negativa, o elétron. A radiação gama é uma onda eletromagnética. As substâncias radiativas emitem continuamente calor e têm a capacidade de ionizar o ar e torná-lo condutor de corrente elétrica. São penetrantes e ao atravessarem uma substância chocam-se com suas moléculas. |
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*natural: urânio, tório |
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*artificial: reactores, plutônio, tecnécio |
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=== Efeitos biológicos === |
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Revisão das 15h11min de 23 de junho de 2008
Teorias Clássicas da Estrutura da Matéria
Precursores
Babilônicos
caos úmido
"Quando no alto o céu não era ainda nomeado, nem em baixo a terra tinha nome, Apsu, o primordial, de quem nascerão os deuses,e Tiamat, a genitriz, que os parirá todos, misturaram em um só todas as suas águas, mas não tinham formado as pastagens, nem descobertos os canaviais, quando nenhum dos deuses ainda aparecera, nem era dotado de nome nem provido de destino, então, de seu seio, os deuses foram criados."[1]
Hermes Trismegistus
trevas úmidas:
"Subitamente, tudo se abriu diante de mim num momento, e tive uma visão sem limites, tudo tornou-se luz, serena e alegre, e ao vê-la apaixonei-me por ela. E pouco depois surgiu uma obscuridade dirigindo-se para baixo, em sua natureza assustadora e sombria, enrolando-se em espirais tortuosas, como uma serpente, foi assim que a percebi. Depois esta obscuridade transformou-se numa espécie de natureza úmida, agitada de uma maneira indizível e exalando um vapor, como o que sai do fogo e produzindo uma espécie de som, um gemido indescritível. Depois lançando um grito de apelo, sem articulação, tal que o comparei a uma voz de fogo, e ainda que saindo da luz auto-existente; um Verbo santo veio cobrir a Natureza, e um fogo sem mistura exalta-se da natureza úmida em direção à região sublime, era leve, vivo e ativo ao mesmo tempo; e o ar, sendo leve, seguia ao sopro ígneo elevando-se ao fogo, a partir da terra e da água, de forma a parecer preso ao fogo; pela terra e pela água, permaneciam no mesmo lugar, se bem que não se percebesse a terra separada da água: estavam continuamente em movimento sob a ação do sopro do Verbo que colocara-se sobre elas, segundo percebia minha audição."[2]
Velho Testamento
águas primordiais:
"A terra estava informe e vazia; as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas."[3]
Órficos
ovo primordial
"Ó Poderoso primordial (Protogonos), ouve minha oração, duplo, nascido de ovo e vagueando através do ar, Rugindo glorioso em Suas asas douradas, de quem as raças dos Deuses e dos mortais provêm. Ericapæus de celebrado poder, inefável, oculto, toda brilhante flor. Obscuro aos olhos, Tu eliminas a obscuridade da noite, esplendor que tudo penetra, pura e santa luz Por isso chamado Fanes (Eros), a glória do céu, em ondulantes asas pelo mundo tu voas. Príapo, esplendor de olhos negros, a Ti eu canto, gentil, todo prudência, sempre abençoado rei, Com alegre face em nosso direito divino e santo sacrifício propício brilha."[4]
Mitologia grega
Eurínome e Ofião (vento norte)
"No começo, no imenso caos do mundo, vivia solitária a bela e poderosa deusa Eurínome. Ela adorava dançar mas, não tendo uma base para apoiar seus pés, acabou por separar o céu do mar. Assim, começou a saltar e dançar por sobre as ondas que criara até que encontrou, do lado norte do mundo, um vento forte. Eurínome gostou do vento. Achou o seu frescor agradável e decidiu começar por ele a obra da criação. Apanhou, então, o fluido companheiro e, com as mãos enérgicas, esfregou-o até que se tornasse sólido. O vento se transformou em uma serpente, Ofião, que se estendeu aos pés de sua criadora. Com frio, Eurínome voltou a dançar para se aquecer. Ao tou a dançar para se aquecer. Ao vê-la dançando, a serpente se apaixonou pela deusa e uniu-se a ela para gerar todas as coisas que hoje existem. Ela, então, transformou-se em pomba, sentou-se sobre as águas do mar e pôs um ovo, que continha a natureza. Então, Ofião enrolou-se sete vezes ao redor do ovo para chocá-lo. Quando a casca rompeu saíram o Sol, a Lua, os planetas, os outros astros, a Terra, com suas montanhas e rios, as árvores, plantas, animais e os homens"
Gaia e Urano
"Primeiro que tudo surgiu o Caos E depois Gaia, de amplo peito Para sempre firme alicerce de todas as coisas E o brumoso Tártaro num recesso da Terra de largos caminhos E Eros, o mais belo de entre os deuses imortais Que amolece os membros E, no peito de todos os deuses e de todos os homens, domina o espírito e a vontade ponderada. Do Caos nasceu o Érebro e a negra Noite Da noite, por sua vez, nasceu o Éter e o Dia Que ela concebeu e deu à luz, depois da sua ligação amorosa com Érebro. E Gaia gerou primeiro Urano (o céu) constelado, igual a ela própria Para a cobrir em toda a volta E para ser eternamente a morada segura dos deuses bem-aventurados Deu à luz, em seguida, as altas montanhas Retiros aprazíveis das ninfas divinas Que habitam as montanhas arborizadas Também deu à luz o mar estéril Que agita com as suas vagas, o Ponto, seu deleitoso amor. E seguidamente, tendo partilhado o leito com Urano, Gerou o oceano dos redemoinhos profundos, E Coio e Crio e Hipérion e Jápeto…"[5]
Os Pré-Socráticos
Busca de uma unidade, um princípio
- Tales de Mileto: água
- Anaximandro de Mileto: ápeiron
- Anaximandro: ar
- Xenófones de Cólofon: terra
- Heráclito de Éfeso: fogo
matéria era contínua, não aceitavam o ‘vazio’ e, portanto, não podia haver ‘átomos’ descrição era sensorialista, baseada em propriedades (macroscópicas)
Tales de Mileto (624-546 a.C.)
primeiro a buscar uma explicação naturalística para o mundo
rejeitou a tradição pela inquirição
para Tales, o elemento básico, a partir do qual se tinha formado toda a matéria do Universo, era a água, possivelmente porque se manifesta nos três estados da matéria e porque a umidade é essencial à vida
possível influência do Egito (rio Nilo)
Anaximandro (611-547 a.C.)
como a Natureza é cíclica, nem o fogo, nem a água, nem o ar e nem a terra podiam ser o princípio fundamental
este deveria ser informe e conter os elementos antagonistas em forma potencial
ápeiron
Os "Atomistas"
Introdução do atomismo
Anaxágoras de Clazômenas: homeomerias
Leucipo & Demócrito: ‘átomos’
Platão (Timeu): ‘átomos’ geométricos
átomos ainda com propriedades
substancialista
realista (existência real, não modelos)
Demócrito de Abdera (460-370 a.C.)
Desenvolveu a teoria do atomismo.
Natureza composta por átomos, partículas individuais, eternas e imutáveis.
- água: átomos arredondados e lisos
- terra: átomos com arestas
- sólidos: átomos com ganchos
- óleo: átomos pequenos, penetrantes
"Nada nasce do nada" e tudo se encadeia necessariamente em formulações atomistas.
surgimento por composição de átomos,
transformação por novos arranjos atômicos,
destruição e morte por sua separação.
Platão (427-347 a.C.)
fundou a Academia
Inscrição sobre o portal: “Não entre aqui quem não sabe Matemática”
escreveu Diálogos e República (utopia, sociedade ideal)
teve influência sobre o Cristianismo
atomismo geométrico:
- fogo - tetraedro (4 faces)
- terra - cubo (6 faces)
- ar - octaedro (8 faces)
- água - icosaedro (20 faces)
- éter - dodecaedro (12 faces)
A Recuperação do atomismo
átomo como modelo
- Francis Bacon
- Gassendi
- Boyle
- Lémery
- Newton: deduz a Lei de Boyle
- Descartes: horror ao vácuo
- Faraday: vácuo isolante
Modelo Atômico de Dalton
Aplicação à Química
formação dos compostos a partir dos elementos
única propriedade: “peso”
“peso relativo” = equivalente-grama
molécula: combinação de átomos em proporções simples
início do átomo clássico, mecânico
racionalização dos dados químicos
conservação da massa
Modelo Atômico de Thompson
raios catódicos: e/m = elétron
cargas elétricas
átomo composto
‘pudim de ameixas’
Modelo Atômico de Rutherford
estudante de Thompson
espalhamento por folha de ouro
partículas carregadas
núcleo
coroamento do átomo clássico
propriedades macroscópicas resultantes das interações
átomo material, com propriedades microscópicas
Röntgen & Von Laue
Os raios catódicos São feixes de partículas produzidos por um eletrodo negativo (cátodo) de um tubo contendo gás comprimido. São resultado da ionização do gás e provocam luminosidade. Os raios catódicos são identificados no final do século passado por Willian Crookes. O tubo de raios catódicos é usado em osciloscópios e televisões. Em 1895 Wilhelm Konrad von Röntgen descobre acidentalmente os raios X quando estudava válvulas de raios catódicos. Verificou que algo acontecia fora da válvula e fazia brilhar no escuro focos fluorescentes. Eram raios capazes de impressionar chapas fotográficas através de papel preto. Produziam fotografias que revelavam moedas nos bolsos e os ossos das mãos. Estes raios desconhecidos são chamadas simplesmente de "x" . Wilhelm Konrad von Röntgen (1845-1923) nasce em Lennep, Alemanha, e estuda Física na Holanda e na Suíça . Realiza estudos sobre elasticidade, capilaridade, calores específicos de gases, condução de calor em cristais e absorção do calor por diferentes gases. Pela descoberta dos raios X recebe em 1901 o primeiro prêmio Nobel de Física da História.
1895-1896: Röntgen: emissão de uma radiação diferente que chama de raio X
1912: von Laue confirma em estes trabalhos.
Final do séc. XIX
O Fim da Física
"Agora, não há mais nada novo para ser descoberto pela Física. Tudo o que nos resta são medições cada vez mais precisas."[6]
No final do século XIX, parece que a física está acabada para a maioria dos físicos.
Os raios catódicos são identificados no final do século XIX por Hottorf, e aperfeiçoados por Goldstein e Crookes
Art Nouveau
artistas descontentes
arte ‘comercial’:
arquitetura: caixote decorado ‘mecanicamente’
ordens gregas ← estruturas de madeira
novos padrões ← aço?
Horta: curvas orientais Art Nouveau
Mecânica Clássica (geométrica) → Mecânica Quântica (ondulatória) ?
Hotel Tassel, Horta
Casa Batló, Gaudí
Séc. XX
Pierre e Marie Curie
pesquisa em química sobre as substâncias a que dão o nome de radioativas
Radioactividade
É a desintegração espontânea do núcleo atômico de alguns elementos (urânio, polônio e rádio), resultando em emissão de radiação. Descoberta pelo francês Henri Becquerel ( 1852 - 1909) poucos meses depois da descoberta dos raios X. Becquerel verifica que, além de luminosidade, as radiações emitidas pelo urânio são capazes de penetrar a matéria.
Dois anos depois, Pierre Curie e sua mulher, a polonesa Marie Curie, encontram fontes radiativas muito mais fortes que o urânio. Isolam o rádio e o polônio e verificam que o rádio era tão potente que podia provocar ferimentos sérios e até fatais nas pessoas que dele se aproximavam.
Existem três tipos de radiação; alfa, beta e gama. Á radiação alfa é uma partícula formada por um átomo de hélio com carga positiva. Radiação beta é também uma partícula, de carga negativa, o elétron. A radiação gama é uma onda eletromagnética. As substâncias radiativas emitem continuamente calor e têm a capacidade de ionizar o ar e torná-lo condutor de corrente elétrica. São penetrantes e ao atravessarem uma substância chocam-se com suas moléculas.
- natural: urânio, tório
- artificial: reactores, plutônio, tecnécio
Efeitos biológicos
- Ionização atômica: radicais livres
- Átomos excitados: reacções químicas
- Alterações biológicas no núcleo
Aplicações das radiações
- imageologia: radiografia, TAC, termografia
- terapias: infravermelhos, ultravioletas, raios X, laser
Rutherford & Soddy
1900-1904: hipótese da transmutação dos átomos radioativos
ousada para a época, sofreu várias críticas.
Radiação de Corpo Negro
corpo quente emite radiação
a frequência é característica da temperatura (Lei do corpo negro)
- infravermelho (calor)
- luz visível (rubro)
- raios X
- raios gama
Planck
hipótese de radiação em pacotes, que denominou, no singular de quantum.
freqüência proporcional à energia contida
Radiação de Corpos Negros
- h: cte. de Planck: 6,6310-34 J·s
- k: cte. de Boltzmann: 1,3810-23 J/K
- 12/1900: “elemento de energia” quantum
- radiação contínua
Pontilhismo
Georges Seurat
estudou Maxwell e Helmholtz buscando colocar a óptica científica a serviço da representação pictórica.
além de querer pintar de acordo com idéias solidamente científicas, ele quis representá-las sobre a tela.
pinta a primeira obra descontínua desde o Renascimento, inaugurando o pontilhismo (divisionismo).
Descontinuidade
Física: teoria quântica
Biologia: desenvolvimento da genética
Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte, Seurat
Detalhe de La Parade, Seurat
Espectros de emissão
Bohr
início da visão quântica
utiliza a teoria quântica de Planck
estados estacionários
órbitas clássicas
Modelo Atômico de Bohr
Interpretação de Espectros
cte. de Rydberg: 1,097107 m-1
raio de Bohr: 5,29210-11 m
racionaliza dados espectroscópicos
passo decisivo no conhecimento do átomo
comparável à introdução do sistema de Copérnico
deu sólida base experimental à elaboração da mecânica quântica
estudou as variações progressivas das propriedades químicas dos elementos
Albert Einstein
Dados Biográficos
Aos 3 anos é considerado retardado pelo pai
Aos 23 anos começa a elaborar a Teoria da Relatividade (Restrita)
1905 - publica a TR sob o título de “sobre a Termodinâmica dos corpos em movimento”
1916 - enuncia a Teoria da Relatividade Geral
1921 - Prêmio Nobel de Física por seus estudos sobre o efeito fotoelétrico
Efeito Fotoelétrico
probl. da intensidade
probl. da freqüência
03/1905: radiação quantizada
Teoria corpuscular da luz
Planck (1913): Einstein “perdeu o rumo nas suas especulações” de Broglie
raciocinou por analogia: existem cargas positivas e negativas, frio e o calor, etc.
o universo observável é composto inteiramente de matéria e energia (luz, raios cósmicos, etc.).
previu o comprimento de onda de uma radiação associada a um elétron
Dualismo Partícula-Onda
Einstein, de Broglie & Schrödinger
energia quantizada: partícula
momento linear como função do comprimento de onda: onda
de Broglie (1923): extensão à matéria
difração de elétrons (1927)
Princípio da Complementaridade
Bohr (1928): partícula e onda: aspectos complementares mas não simultâneos
Davies: “não tente visualizar uma onda-partícula!”
Surrealismo
Incompreensibilidade
"Durante a história da humanidade, nenhum estilo foi completamente incompreensível para o público como a arte que se produziu a partir do início do século XX. Em certa medida, o aparecimento de uma arte impenetrável tem uma ligação com o surgimento de uma ciência que também desnorteou o público das suas noções básicas da realidade."[7]
Surrealismo: prega o sonho, a negação da consciência, o abandono da razão sobre o ato criativo
Física Clássica: ancorada em equações matemáticas
Física Moderna: parece necessitar a negação da consciência do mundo
trouxeram uma forma nova de ver e interpretar a Natureza
aproxima-se da noção de complementaridade: vida e morte, real e imaginário, passado e futuro, o comunicável e o incomunicável, a altura e a profundidade[8]
O império das luzes, de Magritte
"A paisagem leva-nos a pensar na noite, o céu no dia. Na minha opinião, esta simultaneidade de dia e noite tem o poder de surpreender e de encantar. Chamo a este poder poesia."[9]
Só percebemos a noite porque existe o dia. Noite e dia são noções que não existem isoladamente. Podemos dizer que, mais do que opostos, noite e dia são conceitos complementares.[10]
Incompreensibilidade
"Tanto o átomo quanto o instrumento de medida são incompreensíveis. Não podemos compreender o mundo quântico porque este é estranho ao entendimento humano. A pintura surrealista também é, por vezes, incompreensível a partir de uma racionalidade clássica, ou melhor, de uma consciência realista. É necessário buscar uma supra-realidade."[11]
Realidade
"A interpretação de Copenhague nos diz que não podemos falar do real, mas apenas das representações que fazemos dele. Além disso, afirma que devemos abandonar as imagens e as linguagens clássicas se quisermos compreender os fenômenos atômicos. Só a matemática nos dá acesso a esses fenômenos. Novamente, Magritte nos ajuda a entender o que a interpretação de Copenhague fala sobre a realidade."[12]
Efeito Compton
Compton (1923): dois picos: e ’
fóton perde energia na colisão com elétron livre ’<
colisão com elétron não livre: elástica
colisão c/ conservação de momento e de energia
extensão do modelo dualístico ao raio-X
Princípio de Incerteza
Heisenberg (1927)
não se pode saber ao mesmo tempo onde está e com qual velocidade
abandonar a “falácia da bolinha”
Erwin Rudolf Josef Alexander Schrödinger (1887-1961)
Dados Biográficos
físico austríaco
1933: deixou Alemanha devido ao Nazismo
1933: em Oxford mas com problemas por ser adúltero, bem como sua mulher, com seu amigo Weyl
1934: não conseguiu Princeton nem Edimburgo por causa do seu relacionamento
1936: conseguiu posição em Graz
1938: Hitler invade Áustria, foge p/ Itália
1940: convidado para estabelecer o Instituto de Estudos Avançados em Dublin mantém casos escandalosos com estudantes
1944: publica O que é a vida?, discussão sobre a Neguentropia e sobre uma molécula complexa que contém o código genético que inspira Watson e Crick a pesquisar o ‘gene’ e acabar descobrindo a molécula de DNA
sempre teve interessa na filosofia Vedanta do Hinduísmo, inspirando especulações sobre a possibilidade de que a consciência individual seja apenas a manifestação de uma consciência unitária que pervade o Universo
1922: publica artigo "Quantisierung als Eigenwertproblem“ na Annalen der Physik, contendo sua equação, que dava os níveis de energia corretos para o átomo de Hidrogênio
obteve a ‘equação de movimento’ quântica
descreve a evolução da ‘função de onda’ da partícula
embora seja chamada de ‘equação de onda’, é, na verdade, uma equação de difusão
Função de onda
na Mecânica Clássica, um sistema é completamente descrito pela posição e velocidade de todas as partículas. Sua evolução é determinista.
na Mecânica Quântica, a descrição do sistema termina ao nível da função de onda. Sua evolução é probabilista.
função complexa das coordenadas
Born (1926): interpretação probabilística
Schrödinger: e*: densidade de carga : no espaço de configurações
Orbitais atômicos
Irrealidade
"Os físicos estão se acostumando, pouco a pouco, a considerar as órbitas eletrônicas etc., não como realidade e sim como uma espécie de ‘potência’. A linguagem terminará se acostumando, ao menos até certo ponto, a esta situação real. Mas não é uma linguagem precisa com que se possa empregar os modelos lógicos normais, é uma linguagem que produz imagens em nossa mente, porém junto com elas provoca também a sensação de que as imagens só têm uma vaga relação com a realidade, que representam somente uma tendência até a realidade."
Heisenberg
Princípio da Correspondência
"As equações da Física Quântica reduzem-se às leis clássicas, nas condições em que há concordância entre essas leis clássicas e a experiência."[13]
Paul Adrien Maurice Dirac (1902-1984 )
Dados Biográficos
1928: quântica + relatividade = Equação de Dirac
soluções quadridimensionais
- 2 para os estados do elétron
- e as outras 2?
pósitron (1932) antimatéria
1930: publica Principles of Quantum Mechanics, livro-texto até hoje inclui a notação bra-ket
1930: eleito para Royal Society
1933: Prêmio Nobel com Schrödinger
Várias interpretações
Abstracionismo
Desmaterialização "Kupka, Kandinsky e Malévich foram motivados pela completa desmaterialização descrita pela nova física (Miller, 2001). Hoje, a natureza não é mais apenas o que vemos diretamente, pois a ciência criou novas possibilidades de pensarmos o mundo ao nosso redor. A essência dos objetos pode estar fora da aparência visual. A arte abstrata e a ciência do século XX parecem nos dizer isso."[14]
White, Kandinsky
Composição, Mondrian
Indeterminação
"A obra de Salvador Dalí também nos permite análises próximas da mecânica quântica, particularmente em relação ao princípio da indeterminação. Em vários quadros, Dalí pinta uma figura composta de diversas outras, de tal maneira que não podemos apreciar todas detalhadamente. Se optarmos por algum aspecto, perderemos outro e vice-versa. Exemplos disto podem ser vistos em Espanha (1938) e Mercado de escravos com o Busto de Voltaire (1940). No primeiro quadro, a visão da mulher nos faz perder os detalhes das batalhas que são travadas em seu interior. Já no segundo, o busto de Voltaire é formado por diversas outras figuras. Como em Espanha, não é possível visualizar com a mesma riqueza de detalhes todo o quadro. Utilizando a linguagem da mecânica quântica, podemos dizer que existe uma indeterminação intrínseca ao quadro."[15]
Espanha, Dali
Mercado de Escravos com Aparição do Busto Invisível de Voltaire, Dali
Duchamp
"O quadro Nu descendo a escada é uma resposta ao Cubismo sob a influência da descoberta dos raios X, em 1895. Duchamp busca a realidade invisível, onde o nu não está apenas despido de suas roupas, mas está, também, descarnado. Vários outros quadros da série Nus, todos de 1912, foram feitos sob forte influência da ciência contemporânea sobre Duchamp, em particular pesquisas relacionadas com elétrons e eletricidade."[16]
"Shearer e Gould (1997) afirmam que ele era um discípulo de Poincaré e entendia as geometrias não-euclidianas. Segundo Shearer, essa obra influenciou Lionel e Roger Penrose em um trabalho de 1958, onde eles anunciaram a descoberta de figuras impossíveis. Esse seria um exemplo no qual trabalho artístico teria influenciado uma descoberta científica. O que é mais típico é que a influência corra em sentido contrário, da ciência para a arte, como está bem documentado na história da arte."[17]
Nu descendo a escada, Duchamp
Referências
- ↑ Enuma elish, tablete 1
- ↑ Poimandres, 4
- ↑ Gênesis 1,2
- ↑ Hino órfico a Protogonus
- ↑ Hesíodo, Teogonia, 116-130
- ↑ Lord Kelvin, matemático, físico e presidente da Royal Society Britânica, em palestra para a British Association for the Advancement of Science em 1900
- ↑ REIS, J. C.; GUERRA, A.; BRAGA, M.: Ciência e arte: relações improváveis?
- ↑ REIS, J. C.; GUERRA, A.; BRAGA, M.: Ciência e arte: relações improváveis?
- ↑ Magritte
- ↑ REIS, J. C.; GUERRA, A.; BRAGA, M.: Ciência e arte: relações improváveis?
- ↑ Herbert, A realidade quântica
- ↑ REIS, J. C.; GUERRA, A.; BRAGA, M.: Ciência e arte: relações improváveis?
- ↑ Bohr & Heisenberg
- ↑ REIS, J. C.; GUERRA, A.; BRAGA, M.: Ciência e arte: relações improváveis?
- ↑ REIS, J. C.; GUERRA, A.; BRAGA, M.: Ciência e arte: relações improváveis?
- ↑ REIS, J. C.; GUERRA, A.; BRAGA, M.: Ciência e arte: relações improváveis?
- ↑ REIS, J. C.; GUERRA, A.; BRAGA, M. Ciência e arte: relações improváveis?
- HALLIDAY, RESNICK & WALKER, Fundamentos de Física, vol. 4, cap. 43, 44 e 45
- MORTIMER, Linguagem e formação de conceitos no ensino de Ciências, cap. 3
- PESSOA, Jr., Osvaldo. Conceitos de Física Quântica.
- HERBERT, Nick. A realidade quântica: nos confins da nova física. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1989.
- REIS, J. C.; GUERRA, A.; BRAGA, M.: Ciência e arte: relações improváveis? História, Ciências, Saúde - Manguinhos, out./2006.Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/hcsm/v13s0/04.pdf>
- GOMBRICH, E.H. História da Arte.
- Cosmogonia
- Mecânica Quântica
- Interpretações da Mecânica Quântica
Este módulo tem a seguinte tarefa pendente: Incuir linha de tempo |