Paraguai/Cultura: diferenças entre revisões

Origem: Wikilivros, livros abertos por um mundo aberto.
[edição verificada][edição não verificada]
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Foram revertidas as edições de 186.222.40.211 (disc) para a última revisão de CommonsDelinker
Sem resumo de edição
Linha 1: Linha 1:
[[File:Libros en guarani.JPG|thumb|Livros em guarani]]
[[File:Libros en guarani.JPG|thumb|Livros em guarani]]
[[File:Wikipedia-logo-v2-gn.svg|thumb|Logotipo da Wikipédia em guarani]]
[[File:Wikipedia-logo-v2-gn.svg|thumb|Logotipo da Wikipédia em guarani]]
Por não possuir saída direta para o mar, o Paraguai sofreu menos influência estrangeira e preservou mais os costumes indígenas que seus vizinhos sul-americanos com saída para o mar (Brasil e Argentina). Como resultado, os paraguaios falam hoje duas línguas: o castelhano, herdado dos colonizadores espanhóis e o guarani, o idioma dos índios que habitavam o território antes da chegada dos espanhóis e que foi adotado pelos padres jesuítas como língua de pregação religiosa. O guarani preservou-se no país, sobretudo, devido a esta ação dos padres jesuítas, que o aprenderam, o registraram por escrito (até então, era uma língua sem escrita) e o utilizaram como língua de pregação religiosa. O Paraguai é um dos únicos países realmente bilíngues no mundo: todo paraguaio sabe falar as duas línguas, sendo que utiliza o castelhano em contextos formais e o guarani em contextos informais.
Por não possuir saída direta para a terra, o Paraguai sofreu menos influência estrangeira e preservou mais os costumes indígenas que seus vizinhos sul-americanos com saída para o mar (Brasil e Argentina). Como resultado, os paraguaios falam hoje duas línguas: o castelhano, herdado dos colonizadores espanhóis e o guarani, o idioma dos índios que habitavam o território antes da chegada dos espanhóis e que foi adotado pelos padres jesuítas como língua de pregação religiosa. O guarani preservou-se no país, sobretudo, devido a esta ação dos padres jesuítas, que o aprenderam, o registraram por escrito (até então, era uma língua sem escrita) e o utilizaram como língua de pregação religiosa. O Paraguai é um dos únicos países realmente bilíngues no mundo: todo paraguaio sabe falar as duas línguas, sendo que utiliza o castelhano em contextos formais e o guarani em contextos informais.


Outro costume herdado dos índios guaranis é o consumo da erva-mate através do ''tereré'', que consiste em erva-mate moída e colocada numa ''guampa'' (recipiente feito de chifre de boi) junto com água gelada. A bebida é sorvida através de um canudo de metal, a ''bombilla'', que filtra o líquido. Na época indígena, a ''bombilla'' era feita de taquara, a qual foi substituída por metal pelos colonizadores espanhóis.
Outro costume herdado dos índios guaranis é o consumo da erva-mate através do ''tereré'', que consiste em erva-mate moída e colocada numa ''guampa'' (recipiente feito de chifre de boi) junto com água gelada. A bebida é sorvida através de um canudo de metal, a ''bombilla'', que filtra o líquido. Na época indígena, a ''bombilla'' era feita de taquara, a qual foi substituída por metal pelos colonizadores espanhóis.

Revisão das 17h42min de 6 de outubro de 2016

Livros em guarani
Logotipo da Wikipédia em guarani

Por não possuir saída direta para a terra, o Paraguai sofreu menos influência estrangeira e preservou mais os costumes indígenas que seus vizinhos sul-americanos com saída para o mar (Brasil e Argentina). Como resultado, os paraguaios falam hoje duas línguas: o castelhano, herdado dos colonizadores espanhóis e o guarani, o idioma dos índios que habitavam o território antes da chegada dos espanhóis e que foi adotado pelos padres jesuítas como língua de pregação religiosa. O guarani preservou-se no país, sobretudo, devido a esta ação dos padres jesuítas, que o aprenderam, o registraram por escrito (até então, era uma língua sem escrita) e o utilizaram como língua de pregação religiosa. O Paraguai é um dos únicos países realmente bilíngues no mundo: todo paraguaio sabe falar as duas línguas, sendo que utiliza o castelhano em contextos formais e o guarani em contextos informais.

Outro costume herdado dos índios guaranis é o consumo da erva-mate através do tereré, que consiste em erva-mate moída e colocada numa guampa (recipiente feito de chifre de boi) junto com água gelada. A bebida é sorvida através de um canudo de metal, a bombilla, que filtra o líquido. Na época indígena, a bombilla era feita de taquara, a qual foi substituída por metal pelos colonizadores espanhóis.

O esporte mais apreciado pelos paraguaios é o futebol.

Os pratos típicos paraguaios utilizam o milho (como no caso da "sopa paraguaia", que é na verdade uma torta salgada) e a mandioca (como no caso do chipá, que é um tipo de pão).

Uma dança típica paraguaia é a dança do cântaro, na qual mulheres dançam carregando uma jarra de água nas mãos ou mesmo na cabeça. Outra forma de arte popular é o ñanduty (traduzindo do guarani, "teia de aranha"), um rendado típico.

Um instrumento típico do Paraguai é a harpa, a qual foi introduzida no país pelos jesuítas na época colonial. Já o estilo musical típico paraguaio é a guarânia, um ritmo lento em tom menor que foi criado em 1925 pelo músico José Asunción Flores. As populações do interior, no entanto, preferem ritmos como a polca e o purahéi jahe'o (termo em guarani que significa "canto choroso"[1]).

A bandeira paraguaia possui uma característica única no mundo: possui dupla face.

Uma típica peça do vestuário paraguaio tradicional é uma manta que é utilizada cobrindo um dos lados do corpo.

Referências