REA - Educação a Distância e Ambientes de Aprendizagem/FISL 17 (Oficinas)/Apresentação da Oficina: diferenças entre revisões

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= '''<big>'''App e #professorescriadores</big> =
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'''O que nos move?''' A ideia que fazemos da vida. Se, como educadores, cremos que '''o aprendizado se constrói na vida e na relação com o outro''', um recurso com suas marcas de inicio e fim nos incomoda. Ele é um recurso educacional convencional que pode ser também digital. Se cremos que o '''aprendizado se constrói ao longo da vida''', com suas marcas conectadas aos textos e contextos “[...] por meio de práticas, recursos e ambientes abertos, variadas configurações de ensino e aprendizagem” (AMIEL, 2012, p.19), um '''recurso educacional aberto''' nos convida a deixar nossa marca como provisoriedade do processo.
'''O que nos move?''' A ideia que fazemos da vida. Se, como educadores, cremos que o aprendizado se constrói na vida e na relação com o outro, um recurso com suas marcas de inicio e fim nos incomoda. Ele é um recurso educacional convencional que pode ser também digital. Se cremos que o aprendizado se constrói ao longo da vida, com suas marcas conectadas aos textos e contextos um recurso educacional aberto nos convida a deixar nossa marca como provisoriedade do processo.


'''Onde nos apoiar neste momento?''' Em algo que possa suportar nossas crenças. Os Recursos Educacionais Abertos (REA) se vinculam ao movimento de uma '''Educação Aberta'''. A Educação Aberta, nasce entrelaçada ao ensino presencial e ao ensino a distância, na tentativa de promover compartilhamento e transparência em ações sustentáveis hoje especialmente fortalecidas pelas tecnologias e mídias móveis.
'''Onde nos apoiar neste momento?''' Em algo que possa suportar nossas crenças. Os Recursos Educacionais Abertos (REA) se vinculam ao movimento de uma Educação Aberta. A Educação Aberta, nasce entrelaçada ao ensino presencial e ao ensino a distância, na tentativa de promover compartilhamento e transparência em ações sustentáveis hoje especialmente fortalecidas pelas tecnologias e mídias móveis.


'''O que a Educação Aberta tem a ver com a Educação a Distância?''' Esse movimento emergente de educação, vinculada a Ciência Aberta, combina a tradição de partilha de boas ideias com colegas educadores e da cultura da Internet, marcada pela '''colaboração e interatividade'''. Esta metodologia de educação é construída sobre a crença de que todos devem ter a liberdade de usar, personalizar, melhorar e redistribuir os recursos educacionais, sem restrições. (DECLARAÇÃO DA CIDADE DO CABO, 2007) - https://br.wikimedia.org/wiki/Declara%C3%A7%C3%A3o_da_Cidade_do_Cabo_para_a_Educa%C3%A7%C3%A3o_Aberta
'''O que a Educação Aberta tem a ver com a Educação a Distância?''' Esse movimento emergente de educação, vinculada a Ciência Aberta, combina a tradição de partilha de boas ideias com colegas educadores e da cultura da Internet, marcada pela colaboração e interatividade. Esta metodologia de educação é construída sobre a crença de que todos devem ter a liberdade de usar, personalizar, melhorar e redistribuir os recursos educacionais, sem restrições.


'''Por que abertos?''' (...) não são monopólio de nenhuma indústria editorial, nem dependem de licitações. Nem são comprados exemplares físicos, direitos autorais ou licenças que os restrinjam como usos educacionais. Os recursos em formatos digitais abertos, entre eles os que podem ser disponibilizados em tecnologias móveis, podem ser utilizados, redistribuídos, melhorados, revisados, atualizados e remixados por professores/alunos/tutores/gestores, problematizando-os à sua realidade ou aos seus objetivos educadores em qualquer lugar, tempo e espaço que se ofereça para ser usado. (BOLL, MELO, 2015) •“São materiais de ensino, aprendizado, e pesquisa em qualquer suporte ou mídia, que estão sob domínio público, ou estão licenciados de maneira aberta, permitindo que sejam utilizados ou adaptados por terceiros (...)” •“(...) Podem incluir cursos completos, partes de cursos, módulos, livros didáticos, artigos de pesquisa, vídeos, testes, software, e qualquer outra ferramenta, material ou técnica que possa apoiar o acesso ao conhecimento.” UNESCO/ COL, com colaboração da Comunidade REA Brasil, 2011 - http://www.unesco.org/new/fileadmin/MULTIMEDIA/HQ/CI/WPFD2009/Portuguese_Declaration.html
'''Por que abertos?''' Porque não são monopólio de nenhuma indústria editorial, nem dependem de licitações. Nem são comprados exemplares físicos, direitos autorais ou licenças que os restrinjam como usos educacionais. Os recursos em formatos digitais abertos, entre eles os que podem ser disponibilizados em tecnologias móveis, podem ser utilizados, redistribuídos, melhorados, revisados, atualizados e remixados por professores/alunos/tutores/gestores, problematizando-os à sua realidade ou aos seus objetivos educadores em qualquer lugar, tempo e espaço que se ofereça para ser usado (BOLL,MELO,2015)
Por que ''“São materiais de ensino, aprendizado, e pesquisa em qualquer suporte ou mídia, que estão sob domínio público, ou estão licenciados de maneira aberta, permitindo que sejam utilizados ou adaptados por terceiros (...)”'' e porque ''“(...) Podem incluir cursos completos, partes de cursos, módulos, livros didáticos, artigos de pesquisa, vídeos, testes, software, e qualquer outra ferramenta, material ou técnica que possa apoiar o acesso ao conhecimento.”'' (UNESCO,2011)
'''E o que a Lei do Marco Civil da Internet no Brasil tem a ver com tudo isso?''' •Art. 26. O cumprimento do dever constitucional do Estado na prestação da educação, em todos os níveis de ensino, inclui a capacitação, integrada a outras práticas educacionais, '''para o uso seguro, consciente e responsável da internet como ferramenta para o exercício da cidadania, a promoção da cultura e o desenvolvimento tecnológico'''.•Art. 27. As iniciativas públicas de '''fomento à cultura digital e de promoção da internet como ferramenta social''' devem:•I - promover a '''inclusão digital''';•II - '''buscar reduzir as desigualdades, sobretudo entre as diferentes regiões do País, no acesso às tecnologias da informação e comunicação e no seu uso; e •III - fomentar a produção e circulação de conteúdo nacional.''' Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. LEI Nº 12.965, DE 23 DE ABRIL DE 2014 - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12965.htm
'''E o que a Lei do Marco Civil da Internet no Brasil tem a ver com tudo isso?''' ''Art. 26. O cumprimento do dever constitucional do Estado na prestação da educação, em todos os níveis de ensino, inclui a capacitação, integrada a outras práticas educacionais, para o uso seguro, consciente e responsável da internet como ferramenta para o exercício da cidadania, a promoção da cultura e o desenvolvimento tecnológico. Art. 27. As iniciativas públicas de fomento à cultura digital e de promoção da internet como ferramenta social devem:•I - promover a inclusão digital;•II - buscar reduzir as desigualdades, sobretudo entre as diferentes regiões do País, no acesso às tecnologias da informação e comunicação e no seu uso; e •III - fomentar a produção e circulação de conteúdo nacional.'' (LEI Nº 12.965, DE 23 DE ABRIL DE 2014).


'''Celular na Sala de Aula pode?''' A temporalidade neste contexto da cultura digital envolve não só a extensão deste tempo relógio quanto mais especificamente do tempo criativo e autoral deste multivíduo do qual falamos. Todo o ato da produção do conhecimento requer uma dose de ousadia e imaginação, pois que o conhecimento em si é autoral, criação: envolve um multivíduo cognoscente e criativo em seu desejo de conhecer. E o seu desejo de conhecer está diretamente relacionado com o seu território educativo e com todos os atores que ali se movimentam, desde a família até o próprio conselho escolar. Aprender é poder compartilhar conhecimentos e protagonismos autorais e, em um sistema que ainda ensina a obedecer, a transgressão oferecida pelos dispositivos midiáticos é o próprio pensar. O pensar não mais de um espectador decodificador ou interlocutor, mas de um espectador autor (BOLL, 2014).
'''Celular na Sala de Aula pode?''' Apesar do considerável, e em muitos casos bem estabelecido, potencial de aumentar a aprendizagem, os dispositivos móveis costumam ser banidos de escolas e outras instituições de ensino. Proibições como essa projetam a ideia de que os dispositivos móveis são antitéticos à aprendizagem, o que, apesar de ser fatualmente válida, afeta a maneira como as pessoas interagem com a tecnologia.(UNESCO, 2014).


'''Celular ou Celular inteligente?''' Os ensinos que ainda hoje teimam em ser analógicos, com suas metodologias diretivas e explicativas, desconsideram esse mundo digital a que todos estamos aprendentes e imersos: alunos, professores, tutores, gestores. Fluxos de interação comunicativa entre sociedade e cultura em tempos de Cultura Digital possibilitaram mudanças nas formas e modos de compartilhar não só ideias e informações mas também desejos e imaginações. Mídias móveis em celulares inteligentes ou tablets, por exemplo, podem colaborar na construção de conhecimentos em tempos de convergência digital (BOLL,MELO,2015) .
'''Celular ou Celular inteligente?''' (...) os dispositivos móveis incluem qualquer tecnologia portátil e conectada, como telefones celulares básicos, leitores eletrônicos, smartphones e tablets, além de tecnologias incorporadas como leitores de smartcard. (UNESCO, 2014). Ainda resta muito por fazer para determinar como a aprendizagem móvel pode apoiar o desenvolvimento educacional dos alunos ao longo do tempo, particularmente nas estruturas formais de educação. (UNESCO, 2014). No decorrer dos próximos 15 anos os alunos não só usarão seus aparelhos como apoio em tarefas de educação, como também aprenderão a programá-los pessoalmente para desenvolver, construir e customizar aplicativos móveis de acordo com suas necessidades e desejos pessoais.(UNESCO, 2014).


(...) os dispositivos móveis incluem qualquer tecnologia portátil e conectada, como telefones celulares básicos, leitores eletrônicos, smartphones e tablets, além de tecnologias incorporadas como leitores de smartcard. (...). Ainda resta muito por fazer para determinar como a aprendizagem móvel pode apoiar o desenvolvimento educacional dos alunos ao longo do tempo, particularmente nas estruturas formais de educação. (...). No decorrer dos próximos 15 anos os alunos não só usarão seus aparelhos como apoio em tarefas de educação, como também aprenderão a programá-los pessoalmente para desenvolver, construir e customizar aplicativos móveis de acordo com suas necessidades e desejos pessoais.(UNESCO, 2014).
'''O que pressupõe a ideia de aprendizagem móvel?''' "A aprendizagem móvel apresenta atributos exclusivos, se comparada à aprendizagem tecnológica convencional: ela é pessoal, portátil, colaborativa, interativa, contextual e situada; ela enfatiza a "aprendizagem instantânea", já que a instrução pode ocorrer em qualquer lugar e a qualquer momento." http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/communication-and-information/access-to-knowledge/ict-in-education/mobile-learning/ Acesso em: 09.07.2016.


'''O que pressupõe a ideia de aprendizagem móvel?''' Não restam dúvidas de que nos próximos 15 anos a aprendizagem móvel passará a integrar cada vez mais a educação geral. Assim como os computadores são hoje considerados um componente fundamental da aprendizagem no século XXI, em breve as tecnologias móveis se tornarão lugar-comum tanto na educação formal como na informal. Gradualmente, até o termo “aprendizagem móvel” cairá em desuso, conforme for sendo cada vez mais associado à aprendizagem em um sentido mais holístico que especializado ou periférico. Com o fortalecimento dos vínculos entre inovações técnicas e pedagógicas, a tecnologia móvel assumirá um papel claramente definido, mas cada vez mais essencial, no ecossistema geral da educação (...)"A aprendizagem móvel apresenta atributos exclusivos, se comparada à aprendizagem tecnológica convencional: ela é pessoal, portátil, colaborativa, interativa, contextual e situada; ela enfatiza a "aprendizagem instantânea", já que a instrução pode ocorrer em qualquer lugar e a qualquer momento." (...) "A aprendizagem móvel envolve o uso de tecnologias móveis, isoladamente ou em combinação com outras tecnologias de informação e comunicação (TIC), a fim de permitir a aprendizagem a qualquer hora e em qualquer lugar. A aprendizagem pode ocorrer de várias formas: as pessoas podem usar aparelhos móveis para acessar recursos educacionais, conectar-se a outras pessoas ou criar conteúdos, dentro ou fora da sala de aula." (UNESCO, 2014)
DIRETRIZES DE POLÍTICAS DA UNESCO PARA A APRENDIZAGEM MÓVEL
"A aprendizagem móvel envolve o uso de tecnologias móveis, isoladamente ou em combinação com outras tecnologias de informação e comunicação (TIC), a fim de permitir a aprendizagem a qualquer hora e em qualquer lugar. A aprendizagem pode ocorrer de várias formas: as pessoas podem usar aparelhos móveis para acessar recursos educacionais, conectar-se a outras pessoas ou criar conteúdos, dentro ou fora da sala de aula." (UNESCO, 2014)


Referências
Referências


http://www.ufrgs.br/culturadigitalmidiasmoveis ( página do grupo de pesquisa Cultura Digital Midias Moveis- Faculdade de Educação/UFRGS)
[http://fabricadeaplicativos.com.br Fábrica de Aplicativos] (site da FA)


[http://fabricadeaplicativos.com.br http://fabricadeaplicativos.com.br.] ( site da Fabrica de Aplicativos)
https://www.youtube.com/user/fabricadeapps (tutoriais da FA)


https://www.youtube.com/user/fabricadeapps (tutoriais da Fabrica de Aplicativos)
[http://www.ufrgs.br/culturadigitalmidiasmoveis Cultura Digital Mídias Móveis da UFRGS] (página do grupo de pesquisa)


http://galeria.fabricadeaplicativos.com.br/nutri_legal
http://galeria.fabricadeaplicativos.com.br/nutri_legal
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http://galeria.fabricadeaplicativos.com.br/literatura_de_cordel
http://galeria.fabricadeaplicativos.com.br/literatura_de_cordel


'''https://public.etherpad-mozilla.org/ (link do etherpa'''
'''https://public.etherpad-mozilla.org/ (link do etherpad)'''


<nowiki>http://videos.ufrgs.br/sead/napead/tutorial-storyboard/view</nowiki> e <nowiki>http://www.modelosdestoryboards.blogspot.com.br/</nowiki>  (exemplos de ''Storyboard)''
<nowiki>http://videos.ufrgs.br/sead/napead/tutorial-storyboard/view</nowiki> e <nowiki>http://www.modelosdestoryboards.blogspot.com.br/</nowiki>  (exemplos de storyboard)


https://public.etherpad-mozilla.org/p/Storyboard_Apps_-_exemplos_pro_Fisl17 (storyboards exemplos)
https://public.etherpad-mozilla.org/p/Storyboard_Apps_-_exemplos_pro_Fisl17 (storyboards do FISL17)


'''https://en.wikipedia.org/wiki/Etherpad ( o que é etherpad)'''
'''https://en.wikipedia.org/wiki/Etherpad ( o que é etherpad)'''
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https://play.google.com/store/apps/details?id=me.scan.android.client&hl=pt_BR (leitor QR Code)
https://play.google.com/store/apps/details?id=me.scan.android.client&hl=pt_BR (leitor QR Code)

http://www.livrorea.net.br/livro/home.html (AMIEL, Tel. Educação aberta: configurando ambientes, práticas e recursos educacionais. In: SANTANA, Bianca; ROSSINI, Carolina; PRETTO, Nelson De Lucca (Org). Recursos Educacionais Abertos: práticas colaborativas políticas públicas. Salvador: Edufba; São Paulo: Casa da Cultura Digital. 2012. )

https://br.wikimedia.org/wiki/Declara%C3%A7%C3%A3o_da_Cidade_do_Cabo_para_a_Educa%C3%A7%C3%A3o_Aberta ((DECLARAÇÃO DA CIDADE DO CABO, 2007)

http://www.unesco.org/new/fileadmin/MULTIMEDIA/HQ/CI/WPFD2009/Portuguese_Declaration.html (UNESCO/ COL, com colaboração da Comunidade REA Brasil, 2011 )

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12965.htm (Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. LEI Nº 12.965, DE 23 DE ABRIL DE 2014)

http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/communication-and-information/access-to-knowledge/ict-in-education/mobile-learning/

BOLL, Cíntia Inês. MELO, Rafaela Santos. Cultura Digital e Recursos Educacionais Abertos (REA): mídias móveis e desafios contemporâneos. In: VICENTE, D.E.de V.G;

EIDELWEIN,M.P. Educação com Tecnologias. Porto Alegre: Cidadela, 2015 (só impresso)

BOLL, C. I. Os dispositivos midiáticos na cultura digital: a ousadia enunciada em uma estética que potencializa eu, você e todos os outros que quiserem participar. In: CORÁ, E,J (Org.). Reflexões Acerca da Educação em Tempo Integral. Porto Alegre: Evangraf, 2014 (só impresso)

Revisão das 14h29min de 15 de julho de 2016

Rascunho

App e #professorescriadores

O que nos move? A ideia que fazemos da vida. Se, como educadores, cremos que o aprendizado se constrói na vida e na relação com o outro, um recurso com suas marcas de inicio e fim nos incomoda. Ele é um recurso educacional convencional que pode ser também digital. Se cremos que o aprendizado se constrói ao longo da vida, com suas marcas conectadas aos textos e contextos um recurso educacional aberto nos convida a deixar nossa marca como provisoriedade do processo.

Onde nos apoiar neste momento? Em algo que possa suportar nossas crenças. Os Recursos Educacionais Abertos (REA) se vinculam ao movimento de uma Educação Aberta. A Educação Aberta, nasce entrelaçada ao ensino presencial e ao ensino a distância, na tentativa de promover compartilhamento e transparência em ações sustentáveis hoje especialmente fortalecidas pelas tecnologias e mídias móveis.

O que a Educação Aberta tem a ver com a Educação a Distância? Esse movimento emergente de educação, vinculada a Ciência Aberta, combina a tradição de partilha de boas ideias com colegas educadores e da cultura da Internet, marcada pela colaboração e interatividade. Esta metodologia de educação é construída sobre a crença de que todos devem ter a liberdade de usar, personalizar, melhorar e redistribuir os recursos educacionais, sem restrições.

Por que abertos? Porque não são monopólio de nenhuma indústria editorial, nem dependem de licitações. Nem são comprados exemplares físicos, direitos autorais ou licenças que os restrinjam como usos educacionais. Os recursos em formatos digitais abertos, entre eles os que podem ser disponibilizados em tecnologias móveis, podem ser utilizados, redistribuídos, melhorados, revisados, atualizados e remixados por professores/alunos/tutores/gestores, problematizando-os à sua realidade ou aos seus objetivos educadores em qualquer lugar, tempo e espaço que se ofereça para ser usado (BOLL,MELO,2015)

Por que “São materiais de ensino, aprendizado, e pesquisa em qualquer suporte ou mídia, que estão sob domínio público, ou estão licenciados de maneira aberta, permitindo que sejam utilizados ou adaptados por terceiros (...)” e porque “(...) Podem incluir cursos completos, partes de cursos, módulos, livros didáticos, artigos de pesquisa, vídeos, testes, software, e qualquer outra ferramenta, material ou técnica que possa apoiar o acesso ao conhecimento.” (UNESCO,2011)

E o que a Lei do Marco Civil da Internet no Brasil tem a ver com tudo isso? Art. 26. O cumprimento do dever constitucional do Estado na prestação da educação, em todos os níveis de ensino, inclui a capacitação, integrada a outras práticas educacionais, para o uso seguro, consciente e responsável da internet como ferramenta para o exercício da cidadania, a promoção da cultura e o desenvolvimento tecnológico. Art. 27. As iniciativas públicas de fomento à cultura digital e de promoção da internet como ferramenta social devem:•I - promover a inclusão digital;•II - buscar reduzir as desigualdades, sobretudo entre as diferentes regiões do País, no acesso às tecnologias da informação e comunicação e no seu uso; e •III - fomentar a produção e circulação de conteúdo nacional. (LEI Nº 12.965, DE 23 DE ABRIL DE 2014).

Celular na Sala de Aula pode? A temporalidade neste contexto da cultura digital envolve não só a extensão deste tempo relógio quanto mais especificamente do tempo criativo e autoral deste multivíduo do qual falamos. Todo o ato da produção do conhecimento requer uma dose de ousadia e imaginação, pois que o conhecimento em si é autoral, criação: envolve um multivíduo cognoscente e criativo em seu desejo de conhecer. E o seu desejo de conhecer está diretamente relacionado com o seu território educativo e com todos os atores que ali se movimentam, desde a família até o próprio conselho escolar. Aprender é poder compartilhar conhecimentos e protagonismos autorais e, em um sistema que ainda ensina a obedecer, a transgressão oferecida pelos dispositivos midiáticos é o próprio pensar. O pensar não mais de um espectador decodificador ou interlocutor, mas de um espectador autor (BOLL, 2014).

Celular ou Celular inteligente? Os ensinos que ainda hoje teimam em ser analógicos, com suas metodologias diretivas e explicativas, desconsideram esse mundo digital a que todos estamos aprendentes e imersos: alunos, professores, tutores, gestores. Fluxos de interação comunicativa entre sociedade e cultura em tempos de Cultura Digital possibilitaram mudanças nas formas e modos de compartilhar não só ideias e informações mas também desejos e imaginações. Mídias móveis em celulares inteligentes ou tablets, por exemplo, podem colaborar na construção de conhecimentos em tempos de convergência digital (BOLL,MELO,2015) .

(...) os dispositivos móveis incluem qualquer tecnologia portátil e conectada, como telefones celulares básicos, leitores eletrônicos, smartphones e tablets, além de tecnologias incorporadas como leitores de smartcard. (...). Ainda resta muito por fazer para determinar como a aprendizagem móvel pode apoiar o desenvolvimento educacional dos alunos ao longo do tempo, particularmente nas estruturas formais de educação. (...). No decorrer dos próximos 15 anos os alunos não só usarão seus aparelhos como apoio em tarefas de educação, como também aprenderão a programá-los pessoalmente para desenvolver, construir e customizar aplicativos móveis de acordo com suas necessidades e desejos pessoais.(UNESCO, 2014).

O que pressupõe a ideia de aprendizagem móvel? Não restam dúvidas de que nos próximos 15 anos a aprendizagem móvel passará a integrar cada vez mais a educação geral. Assim como os computadores são hoje considerados um componente fundamental da aprendizagem no século XXI, em breve as tecnologias móveis se tornarão lugar-comum tanto na educação formal como na informal. Gradualmente, até o termo “aprendizagem móvel” cairá em desuso, conforme for sendo cada vez mais associado à aprendizagem em um sentido mais holístico que especializado ou periférico. Com o fortalecimento dos vínculos entre inovações técnicas e pedagógicas, a tecnologia móvel assumirá um papel claramente definido, mas cada vez mais essencial, no ecossistema geral da educação (...)"A aprendizagem móvel apresenta atributos exclusivos, se comparada à aprendizagem tecnológica convencional: ela é pessoal, portátil, colaborativa, interativa, contextual e situada; ela enfatiza a "aprendizagem instantânea", já que a instrução pode ocorrer em qualquer lugar e a qualquer momento." (...) "A aprendizagem móvel envolve o uso de tecnologias móveis, isoladamente ou em combinação com outras tecnologias de informação e comunicação (TIC), a fim de permitir a aprendizagem a qualquer hora e em qualquer lugar. A aprendizagem pode ocorrer de várias formas: as pessoas podem usar aparelhos móveis para acessar recursos educacionais, conectar-se a outras pessoas ou criar conteúdos, dentro ou fora da sala de aula." (UNESCO, 2014)

Referências

http://www.ufrgs.br/culturadigitalmidiasmoveis ( página do grupo de pesquisa Cultura Digital Midias Moveis- Faculdade de Educação/UFRGS)

http://fabricadeaplicativos.com.br. ( site da Fabrica de Aplicativos)

https://www.youtube.com/user/fabricadeapps (tutoriais da Fabrica de Aplicativos)

http://galeria.fabricadeaplicativos.com.br/nutri_legal

http://galeria.fabricadeaplicativos.com.br/literatura_de_cordel

https://public.etherpad-mozilla.org/ (link do etherpad)

http://videos.ufrgs.br/sead/napead/tutorial-storyboard/view e http://www.modelosdestoryboards.blogspot.com.br/  (exemplos de storyboard)

https://public.etherpad-mozilla.org/p/Storyboard_Apps_-_exemplos_pro_Fisl17 (storyboards do FISL17)

https://en.wikipedia.org/wiki/Etherpad ( o que é etherpad)

http://br.qr-code-generator.com/?PID=1149&kw=%2Bqr%20%2Bapp&gclid=CKDA4PvY7s0CFRSAkQodPDAOrA (criador QR Code)

https://play.google.com/store/apps/details?id=me.scan.android.client&hl=pt_BR (leitor QR Code)

http://www.livrorea.net.br/livro/home.html (AMIEL, Tel. Educação aberta: configurando ambientes, práticas e recursos educacionais. In: SANTANA, Bianca; ROSSINI, Carolina; PRETTO, Nelson De Lucca (Org). Recursos Educacionais Abertos: práticas colaborativas políticas públicas. Salvador: Edufba; São Paulo: Casa da Cultura Digital. 2012. )

https://br.wikimedia.org/wiki/Declara%C3%A7%C3%A3o_da_Cidade_do_Cabo_para_a_Educa%C3%A7%C3%A3o_Aberta ((DECLARAÇÃO DA CIDADE DO CABO, 2007)

http://www.unesco.org/new/fileadmin/MULTIMEDIA/HQ/CI/WPFD2009/Portuguese_Declaration.html (UNESCO/ COL, com colaboração da Comunidade REA Brasil, 2011 )

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12965.htm (Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. LEI Nº 12.965, DE 23 DE ABRIL DE 2014)

http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/communication-and-information/access-to-knowledge/ict-in-education/mobile-learning/

BOLL, Cíntia Inês. MELO, Rafaela Santos. Cultura Digital e Recursos Educacionais Abertos (REA): mídias móveis e desafios contemporâneos. In: VICENTE, D.E.de V.G;

EIDELWEIN,M.P. Educação com Tecnologias. Porto Alegre: Cidadela, 2015 (só impresso)

BOLL, C. I. Os dispositivos midiáticos na cultura digital: a ousadia enunciada em uma estética que potencializa eu, você e todos os outros que quiserem participar. In: CORÁ, E,J (Org.). Reflexões Acerca da Educação em Tempo Integral. Porto Alegre: Evangraf, 2014 (só impresso)