Português/Período composto/Orações subordinadas: diferenças entre revisões
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Quando ocorre a ''transformação do [[Português/Análise sintática/Período|período]]'' (característica comum das orações subordinadas substantivas), ocorre a ''transmutação do [[Português/Análise sintática/Núcleo|núcleo do termo]]'', de substantivo, adjetivo ou advérbio, para verbo. Veja: |
Quando ocorre a ''transformação do [[Português/Análise sintática/Período|período]]'' (característica comum das orações subordinadas substantivas e adjetivas), ocorre a ''transmutação do [[Português/Análise sintática/Núcleo|núcleo do termo]]'', de substantivo, adjetivo ou advérbio, para verbo. Veja (o termo/sentença está sublinhado e o núcleo em negrito): |
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*Período simples: ''Eu percebi <u>o nosso '''erro'''</u>.'' (termo= objeto direto; núcleo= substantivo) |
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*Período composto: ''Eu percebi <u>o que '''erramos'''</u>.'' (sentença= oração objetiva direta; núcleo= verbo) |
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Ocorreu a transformação de período simples para composto, e a transmutação de núcleo do termo, de substantivo (''erro'') para verbo (''erramos''). Sendo o termo no período simples o [[Português/Termos integrantes/Complemento verbal/Objeto direto|objeto direto]] (''o nosso erro''), no período composto será uma oração objetiva direta (''o que erramos''), e por seu núcleo transmutado ser um substantivo, é substantiva objetiva direta. Este foi um caso clássico de oração. Estas orações recebem a classificação morfossintática de ''infixas'', justamente por apresentarem mais de uma forma. Mas há exceções: nem todas as orações são infixas. |
Ocorreu a transformação de período simples para composto, e a transmutação de núcleo do termo, de substantivo (''erro'') para verbo (''erramos''). Sendo o termo no período simples o [[Português/Termos integrantes/Complemento verbal/Objeto direto|objeto direto]] (''o nosso erro''), no período composto será uma oração objetiva direta (''o que erramos''), e por seu núcleo transmutado ser um <u>substantivo</u>, é <u>substantiva</u> objetiva direta. Este foi um caso clássico de oração. Estas orações recebem a classificação morfossintática de ''infixas'', justamente por apresentarem mais de uma forma. Mas há exceções: nem todas as orações são infixas. |
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====Orações fixas==== |
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Revisão das 22h42min de 20 de dezembro de 2011
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No período composto por subordinação há oração principal (subordinante) e oração(ões) subordinada(s). A oração principal é um termo que depende de sentença que possui verbo, sendo sua estrutura sintática quase completa, necessitando da complementação, que pode ser de substantivo, adjetivo ou advérbio. Pelo fato de o termo complementar ter verbo, será uma oração, e justamente pelo fato de complementar, são dependentes, são subordinados.
Morfossíntaxe
As orações subordinadas, bem diferentes das coordenadas, possuem uma formação.
Orações infixas
Quando ocorre a transformação do período (característica comum das orações subordinadas substantivas e adjetivas), ocorre a transmutação do núcleo do termo, de substantivo, adjetivo ou advérbio, para verbo. Veja (o termo/sentença está sublinhado e o núcleo em negrito):
- Período simples: Eu percebi o nosso erro. (termo= objeto direto; núcleo= substantivo)
- Período composto: Eu percebi o que erramos. (sentença= oração objetiva direta; núcleo= verbo)
Ocorreu a transformação de período simples para composto, e a transmutação de núcleo do termo, de substantivo (erro) para verbo (erramos). Sendo o termo no período simples o objeto direto (o nosso erro), no período composto será uma oração objetiva direta (o que erramos), e por seu núcleo transmutado ser um substantivo, é substantiva objetiva direta. Este foi um caso clássico de oração. Estas orações recebem a classificação morfossintática de infixas, justamente por apresentarem mais de uma forma. Mas há exceções: nem todas as orações são infixas.
Orações fixas
As orações fixas ocorrem quando não há nem palavra primitiva e derivada (radical) do núcleo do termo que seja verbo. O substantivo erro possui o radical err, e o verbo errar. Ao tratarmos de advérbio, é difícil de encontrar o radical com verbo. Exemplo:
- Certamente este será um grande desafio.
Não há verbo com o mesmo radical do advérbio certamente, logo, é impossível haver a transformação de períodos, pois não teríamos a transmutação do núcleo do termo.
Funções
As orações subordinadas podem possuir várias funções, bem diferentes das orações coordenadas. Podem restringir e específicar qualidades, explicar, ter função de advérbio e denotar causa e fatos futuros, procedentes, além de poder ter função de termo acessório (mas não ser um termo acessório), termo integrante (mas não ser um termo integrante) e termo essencial (mas não ser um termo essencial):
- As orações que são subordinadas exercem relação sintática à principal - Função qualificativa
- Não durmi, até que chegou a noite e adormeci - Função adverbial
- São todas sindéticas porque possuem sindeto, que é a conjunção - Função causal e qualificativa
- Fizeram tudo que nem perceberam que a chuva cessara - Denota consequência e termo integrante
Classificação
- Ver módulo principal: Classificação das orações subordinadas
As orações subordinadas infixas são classificadas de acordo com o termo e o núcleo deste termo transmutados. Já as orações fixas são classificas de acordo com sua função. É fácil de identificá-las, pois cada uma acontece em casos diferentes, com conjunções diferentes e diferentes estruras sintáticas. Nas páginas de cada tipo de oração, você encontrará estas informações.