Logística/Localização/Selecção de locais/Selecção sistemática do local para uma instalação: diferenças entre revisões
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Após a diferenciação dos factores pelas categorias, é necessário medir e avaliar cada factor crítico para cada alternativa de local, isto é, o gestor atribui, com base num indicador de factor crítico, ''critical factor indicator'' (CFI), o valor 1 ou 0, consoante cada local satisfaça ou não o requisito mínimo relativo a esse factor. Caso não se verifique o requisito mínimo num local para um qualquer factor crítico, esse local deixa de continuar a ser considerado. A medida do factor crítico de cada local é, portanto, igual ao produto dos indicadores de factores críticos, após terem sido determinados. Segundo '''(Tompkins, James; White, John, 1984, p. 516-517, tabela 15.9)''', é possível perceber-se melhor o cálculo desta medida através do exemplo apresentado. |
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No sentido de avaliar e assegurar a compatibilidade entre as medidas dos factores objectivos e subjectivos, uma vez que associado a cada factor objectivo existe um custo expresso em unidades dimensionalmente consistentes, estes são convertidos em indicadores adimensionais apoiando-se em algumas restrições de forma a que a sua medida seja correcta. A relação, entre o custo total do factor objectivo de cada local, quando comparado com o de todos os outros locais deve ser preservada, além de que o local com o custo mínimo deve ter a medida máxima e, a soma das medidas do factor seja igual a um. Assim, com a restrição da relação de custos e o somatório das medidas, evitam-se os problemas de escala. Desta forma obtém-se uma solução simultânea das equações geradas a partir das restrições, o que resulta numa medida do factor objectivo, função do custo do factor objectivo de cada local. De acordo com '''(Tompkins, James; White, John, 1984, p. 518, tabela 15.10)''', onde é apresentado |
No sentido de avaliar e assegurar a compatibilidade entre as medidas dos factores objectivos e subjectivos, uma vez que associado a cada factor objectivo existe um custo expresso em unidades dimensionalmente consistentes, estes são convertidos em indicadores adimensionais apoiando-se em algumas restrições de forma a que a sua medida seja correcta. A relação, entre o custo total do factor objectivo de cada local, quando comparado com o de todos os outros locais deve ser preservada, além de que o local com o custo mínimo deve ter a medida máxima e, a soma das medidas do factor seja igual a um. Assim, com a restrição da relação de custos e o somatório das medidas, evitam-se os problemas de escala. Desta forma obtém-se uma solução simultânea das equações geradas a partir das restrições, o que resulta numa medida do factor objectivo, função do custo do factor objectivo de cada local. De acordo com '''(Tompkins, James; White, John, 1984, p. 518, tabela 15.10)''', onde é apresentado uma tabela exemplificativa, pode observar-se como obter o custo do factor objectivo, ''objective factor cost'' (OFC) de cada local, e a medida do factor dos mesmos, ''objective factor measure'' (OFM). Esta medida, baseada apenas em custos objectivos, indica, por intermédio do indicador adimensional, a importância relativa de cada local, em relação aos restantes. |
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''' Peso de factores subjectivos e do local''' |
''' Peso de factores subjectivos e do local''' |
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Na decisão de localização, recorre-se muitas vezes à teoria das preferências, de forma a determinar o peso de um factor subjectivo, ''subjective weight factor'' (SFW), peso este representativo de uma medida de relativa importância. Esta teoria é usada para afectar pesos a este tipo de factores, de forma consistente e sistemática, o que implica efectuar comparações entre todos os pares possíveis de factores. Nestas comparações, entre cada par de factores, temos um de três possíveis resultados de preferência, isto é, ou o primeiro factor é o preferido, ou o segundo, ou ao invés de ambos, nenhum é o preferido. Nas duas primeiras possibilidades de resultado, o factor preferido é afectado com um peso de 1 enquanto que o outro é afectado com 0. No último caso, em que o decisor é indiferente, afecta-se 1 a ambos os factores. Para determinar o SFW de cada factor subjectivo, soma-se o número de vezes que um factor foi preferido ou considerado indiferente |
Na decisão de localização, recorre-se muitas vezes à teoria das preferências, de forma a determinar o peso de um factor subjectivo, ''subjective weight factor'' (SFW), peso este representativo de uma medida de relativa importância. Esta teoria é usada para afectar pesos a este tipo de factores, de forma consistente e sistemática, o que implica efectuar comparações entre todos os pares possíveis de factores. Nestas comparações, entre cada par de factores, temos um de três possíveis resultados de preferência, isto é, ou o primeiro factor é o preferido, ou o segundo, ou ao invés de ambos, nenhum é o preferido. |
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Nas duas primeiras possibilidades de resultado, o factor preferido é afectado com um peso de 1 enquanto que o outro é afectado com 0. No último caso, em que o decisor é indiferente, afecta-se 1 a ambos os factores. Para determinar o SFW de cada factor subjectivo, soma-se o número de vezes que um factor foi preferido ou considerado indiferente e, divide-se pelo somatório total de todos os factores considerados preferidos ou indiferentes, como se pode observar numa tabela exemplificativa '''(Tompkins, James; White, John, 1984, p. 520, tabela 15.11)'''. |
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Após a determinação dos pesos dos factores subjectivos, coloca-se agora uma questão relacionada com a escolha mais conveniente de um local, isto é, dado um factor subjectivo em particular, qual será o mérito relativo dos potenciais locais? A resposta a esta questão obtém-se, efectuando uma avaliação análoga à determinação dos pesos dos factores subjectivos, mas agora olhando isoladamente para cada factor. Seguindo o raciocínio anteriormente descrito determinam-se os pesos dos locais como exemplificado no exemplo '''(Tompkins, James; White, John, 1984, p. 522, tabela 15.12)'''. |
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A próxima avaliação que tem de ser feita é a determinação do mérito relativo de cada potencial localização, em relação a cada factor subjectivo. Isto é, dado um factor subjectivo em particular, qual é o mérito relativo das potenciais localizações? Para fazer esta avaliçã emprega-se o procedimento descrito no passo anterior. |
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Na Tabela 5.15 uma tabela de preferências indica como é que os pesos de cada local são determinados, relativamente ao factor subjectivo «parques industriais». As comparações são feitas e os pesos dos locais são determinados da mesma maneira que foram determinados os pesos dos factores subjectivos. Por exemplo, a decisão da comparação 1 indica que, relativamente a «parques industriais», o local 1 é preferido ao local 2 (Silveira, 2006h). |
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A medida do factor subjectivo, ''subjective factor measure'' (SFM), para um local é avaliada com base no conhecimento dos pesos dos factores subjectivos e dos locais, isto é, matematicamente, a medida do factor subjectivo para um local é igual à soma dos produtos do peso de cada factor subjectivo pelo respectivo peso desse local. Para uma melhor percepção da forma como é determinada esta medida encontra-se representado um exemplo '''(Tompkins, James; White, John, 1984, p. 522, tabela 15.13)'''. |
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Tabela 5.15. Tabela de preferências para determinar os pesos dos locais para o factor subjectivo «parques industriais» para o procedimento de selecção sistemática de local para uma instalação |
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Após a medida destes factores, determina-se o peso do factor de decisão objectivo, X, baseado na combinação de dois indicadores adimensionais, nomeadamente a medida do factor objectivo, OFM, e a medida do factor subjectivo, SFM. Através da avaliação destes indicadores, é possível determinar as vantagens relativas de cada local potencial, em relação a factores objectivos e subjectivos, daí que, o peso, tomando um valor entre 0 e 1, seja definido como a importância relativa dos factores objectivos para a decisão de localização. Este peso é uma variável de grande relevância dentro de uma empresa, uma vez que a gestão interna da mesma recorre frequentemente ao seu cálculo, baseando-se em políticas adoptadas ou em históricos de dados. |
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Aqui deve-se falar também de como determinar o peso do factor de decisão |
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'''Análise de sensibilidade da medida de localização''' |
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falar do tópico 8, 9, 10 |
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Revisão das 00h32min de 25 de março de 2010
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O problema de selecção sistemática do local para uma instalação tem normalmente em consideração, tanto factores de ordem quantitativa e qualitativa, como de ordem subjectiva. Um aspecto chave que define este método é o tipo de abordagem adoptada, em que o gestor logístico começa por abordar o problema de forma macroscópica, identificando tópicos de generalidade ampla e, posteriormente, recorrendo a uma abordagem microscópica, aprofunda a análise de cada um desses tópicos de forma detalhada e minuciosa.
Segundo um procedimento desenvolvido por Brown e Gibson, (s.d.), quando citado por (Tompkins, James; White, John, 1984, p. 515), este permite a gestores e analistas de localizações a sua utilização como base para a tomada de decisão sobre a selecção de locais. Este procedimento, constituído por várias etapas, combina informações relevantes sobre localização, em que se avaliam factores quantificáveis e qualificáveis, que convertidos em índices consistentes e adimensionais fornecem uma medida de localização para um local. Na generalidade do procedimento, começa-se por dividir um leque de vários factores em algumas categorias, críticos, objectivos e subjectivos, passando pela avaliação das medidas e pesos desses factores até à selecção do local ideal para uma instalação recorrendo-se a uma análise de sensibilidade.
Factores críticos, objectivos e subjectivos
Um factor de localização classifica-se como crítico se a sua presença ou ausência é determinante para a análise de tomada de decisão da localização de uma instalação num local, como é o exemplo da disponibilidade de mão-de-obra ou a inexistência de serviços públicos. Um factor objectivo, sendo normalmente caracterizado por algo tangível, é normalmente avaliado em termos monetários, como é o caso do custo de transporte de matérias-primas ou da mão-de-obra. O contrário se passa com factores subjectivos, como por exemplo a actividade sindical ou a presença de concorrência no local, em que estes factores apresentando traços de subjectividade e intangibilidade, necessitam de ser caracterizados por medidas do tipo qualitativo.
Avaliação das medidas de factores críticos e objectivos
Após a diferenciação dos factores pelas categorias, é necessário medir e avaliar cada factor crítico para cada alternativa de local, isto é, o gestor atribui, com base num indicador de factor crítico, critical factor indicator (CFI), o valor 1 ou 0, consoante cada local satisfaça ou não o requisito mínimo relativo a esse factor. Caso não se verifique o requisito mínimo num local para um qualquer factor crítico, esse local deixa de continuar a ser considerado. A medida do factor crítico de cada local é, portanto, igual ao produto dos indicadores de factores críticos, após terem sido determinados. Segundo (Tompkins, James; White, John, 1984, p. 516-517, tabela 15.9), é possível perceber-se melhor o cálculo desta medida através do exemplo apresentado.
No sentido de avaliar e assegurar a compatibilidade entre as medidas dos factores objectivos e subjectivos, uma vez que associado a cada factor objectivo existe um custo expresso em unidades dimensionalmente consistentes, estes são convertidos em indicadores adimensionais apoiando-se em algumas restrições de forma a que a sua medida seja correcta. A relação, entre o custo total do factor objectivo de cada local, quando comparado com o de todos os outros locais deve ser preservada, além de que o local com o custo mínimo deve ter a medida máxima e, a soma das medidas do factor seja igual a um. Assim, com a restrição da relação de custos e o somatório das medidas, evitam-se os problemas de escala. Desta forma obtém-se uma solução simultânea das equações geradas a partir das restrições, o que resulta numa medida do factor objectivo, função do custo do factor objectivo de cada local. De acordo com (Tompkins, James; White, John, 1984, p. 518, tabela 15.10), onde é apresentado uma tabela exemplificativa, pode observar-se como obter o custo do factor objectivo, objective factor cost (OFC) de cada local, e a medida do factor dos mesmos, objective factor measure (OFM). Esta medida, baseada apenas em custos objectivos, indica, por intermédio do indicador adimensional, a importância relativa de cada local, em relação aos restantes.
Peso de factores subjectivos e do local
Na decisão de localização, recorre-se muitas vezes à teoria das preferências, de forma a determinar o peso de um factor subjectivo, subjective weight factor (SFW), peso este representativo de uma medida de relativa importância. Esta teoria é usada para afectar pesos a este tipo de factores, de forma consistente e sistemática, o que implica efectuar comparações entre todos os pares possíveis de factores. Nestas comparações, entre cada par de factores, temos um de três possíveis resultados de preferência, isto é, ou o primeiro factor é o preferido, ou o segundo, ou ao invés de ambos, nenhum é o preferido. Nas duas primeiras possibilidades de resultado, o factor preferido é afectado com um peso de 1 enquanto que o outro é afectado com 0. No último caso, em que o decisor é indiferente, afecta-se 1 a ambos os factores. Para determinar o SFW de cada factor subjectivo, soma-se o número de vezes que um factor foi preferido ou considerado indiferente e, divide-se pelo somatório total de todos os factores considerados preferidos ou indiferentes, como se pode observar numa tabela exemplificativa (Tompkins, James; White, John, 1984, p. 520, tabela 15.11).
Após a determinação dos pesos dos factores subjectivos, coloca-se agora uma questão relacionada com a escolha mais conveniente de um local, isto é, dado um factor subjectivo em particular, qual será o mérito relativo dos potenciais locais? A resposta a esta questão obtém-se, efectuando uma avaliação análoga à determinação dos pesos dos factores subjectivos, mas agora olhando isoladamente para cada factor. Seguindo o raciocínio anteriormente descrito determinam-se os pesos dos locais como exemplificado no exemplo (Tompkins, James; White, John, 1984, p. 522, tabela 15.12).
Avaliação das medidas de factores subjectivos
A medida do factor subjectivo, subjective factor measure (SFM), para um local é avaliada com base no conhecimento dos pesos dos factores subjectivos e dos locais, isto é, matematicamente, a medida do factor subjectivo para um local é igual à soma dos produtos do peso de cada factor subjectivo pelo respectivo peso desse local. Para uma melhor percepção da forma como é determinada esta medida encontra-se representado um exemplo (Tompkins, James; White, John, 1984, p. 522, tabela 15.13).
Após a medida destes factores, determina-se o peso do factor de decisão objectivo, X, baseado na combinação de dois indicadores adimensionais, nomeadamente a medida do factor objectivo, OFM, e a medida do factor subjectivo, SFM. Através da avaliação destes indicadores, é possível determinar as vantagens relativas de cada local potencial, em relação a factores objectivos e subjectivos, daí que, o peso, tomando um valor entre 0 e 1, seja definido como a importância relativa dos factores objectivos para a decisão de localização. Este peso é uma variável de grande relevância dentro de uma empresa, uma vez que a gestão interna da mesma recorre frequentemente ao seu cálculo, baseando-se em políticas adoptadas ou em históricos de dados.
Análise de sensibilidade da medida de localização
falar do tópico 8, 9, 10
Fonte desta página: TOMPKINS, James A.; WHITE, John A. - Facilities Planning, Nova Iorque, John Wiley & Sons, 1984