História da Contabilidade/A Contabilidade na Idade Moderna: diferenças entre revisões

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Revisão das 17h45min de 23 de junho de 2009

A Idade Moderna tem início oficial em 1453, com a conquista de Constantinopla pelos turcos. Com o avanço dos turcos no oriente, fecha-se a rota comercial que ligava a Europa e a Ásia e que havia sido aberta pelas Cruzadas na Idade Média. A necessidade da abertura de novas rotas para a Ásia levou diversas nações da Europa Ocidental, como Portugal, Espanha, França, Inglaterra e Holanda, a procurarem por novas rotas marítimas para a Ásia que não passassem pelo Oriente Médio dominado pelos turcos. Isto gerou as Grandes Navegações.

Tomada de Constantinopla pelos turcos
Navio holandês do séc. XVII


Com a descoberta da América e da rota marítima para a Índia, houve um grande incremento do fluxo comercial europeu. As nações que conduziam esta expansão necessitaram da técnica contábil desenvolvida pelas cidades do norte da Itália a fim de controlar as transações comerciais. Esta técnica contábil veio a ser denominada Escola Contista, e teve como figura principal Luca Pacioli, um frei italiano que sistematizou e popularizou o sistema de partidas dobradas desenvolvido pelas cidades do norte da Itália na Baixa Idade Média. Para tal popularização, contribuiu o fato de a obra de Pacioli ter surgido juntamente com a criação da impressora de tipos móveis por Gutenberg, o que possibilitou uma ampla difusão do livro de Pacioli que expunha o sistema de partidas dobradas. A primeira edição da obra clássica de Pacioli, La summa de arithmetica, geometria, proportioni et proportionalità, foi impressa em 10 de novembro de 1494, em Veneza.


Frei Luca Pacioli


Impressora de Gutenberg


A Escola Contista tinha como objetivo o controle do patrimônio da empresa através da apuração do saldo das contas. As contas seriam o somatório dos direitos e obrigações que o proprietário tinha em relação a cada pessoa. Além de Luca Pacioli, outro importante personagem desta escola foi Benedetto Cotrugli.

Uma inovação desta escola foi a criação da conta de capital, que determinava a dívida da empresa para com os proprietários. A criação de inúmeras sociedades por ações nesta época gerou a necessidade desta separação do patrimônio da empresa do dos proprietários.

Página de livro-diário de 13 de julho de 1709


No final do século XVIII, eclode a Revolução Industrial na Inglaterra. O surgimento das grandes indústrias torna a contabilidade tradicional, baseada no custo de aquisição das mercadorias para revenda (CMV), insuficiente. Surge a Contabilidade de Custos, que cria o Custo dos Produtos Vendidos (CPV), que é a soma dos custos de fabricação do produto (MARTINS, p.19-20).

Interior de uma fábrica de tecidos de linho na Inglaterra em 1800


Gráfico mostrando custos fixos, variáveis e totais