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Antes da chegada dos europeus à América, os índios guarani já usavam as folhas da erva-mate para preparar uma bebida estimulante. As folhas eram colocadas em uma cuia com água e o líquido era então chupado através de um caniço ou osso. Segundo o mito guarani, a bebida foi descoberta quando um velho índio não conseguiu mais acompanhar as andanças da tribo devido à sua idade avançada e teve que ficar para trás. Sua filha decidiu ficar com ele, mas ele queria que ela seguisse com a tribo, então o deus Tupã (ou então São Tomé) lhe ensinou a preparar uma bebida com as folhas do mate, bebida esta que lhe daria forças e lhe permitiria acompanhar a tribo ou então sobreviver sem a ajuda da filha. |
Antes da chegada dos europeus à América, os índios guarani já usavam as folhas da erva-mate para preparar uma bebida estimulante chamada ''caá-y'', que significa "folha líquida", em tupi-guarani. As folhas eram colocadas em uma cuia com água e o líquido era então chupado através de um caniço ou osso. Segundo o mito guarani, a bebida foi descoberta quando um velho índio não conseguiu mais acompanhar as andanças da tribo devido à sua idade avançada e teve que ficar para trás. Sua filha decidiu ficar com ele, mas ele queria que ela seguisse com a tribo, então o deus Tupã (ou então São Tomé) lhe ensinou a preparar uma bebida com as folhas do mate, bebida esta que lhe daria forças e lhe permitiria acompanhar a tribo ou então sobreviver sem a ajuda da filha. |
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Provavelmente os antigos incas também conheciam a bebida, pois o termo "mate" tem origem no termo quíchua (a língua dos antigos incas) ''maty'', que significa "cuia, recipiente". |
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Revisão das 16h26min de 7 de junho de 2009
Antes da chegada dos europeus à América, os índios guarani já usavam as folhas da erva-mate para preparar uma bebida estimulante chamada caá-y, que significa "folha líquida", em tupi-guarani. As folhas eram colocadas em uma cuia com água e o líquido era então chupado através de um caniço ou osso. Segundo o mito guarani, a bebida foi descoberta quando um velho índio não conseguiu mais acompanhar as andanças da tribo devido à sua idade avançada e teve que ficar para trás. Sua filha decidiu ficar com ele, mas ele queria que ela seguisse com a tribo, então o deus Tupã (ou então São Tomé) lhe ensinou a preparar uma bebida com as folhas do mate, bebida esta que lhe daria forças e lhe permitiria acompanhar a tribo ou então sobreviver sem a ajuda da filha.
Provavelmente os antigos incas também conheciam a bebida, pois o termo "mate" tem origem no termo quíchua (a língua dos antigos incas) maty, que significa "cuia, recipiente".
Os colonos espanhóis no Paraguai aprovaram a bebida e passaram a utilizá-la como ingrediente básico da sua dieta alimentar. Os jesuítas espanhóis, que organizaram grandes aldeamentos de índios catequizados (as chamadas missões ou reduções), organizaram o cultivo e a produção da erva-mate e passaram a abastecer os colonos espanhóis em toda a bacia platina (Argentina, Paraguai, Uruguai e Rio Grande do Sul), conseguindo grandes lucros com o comércio da planta.
Os bandeirantes paulistas atacaram as missões jesuíticas durante os séculos XVII e XVIII, levando para São Paulo os índios escravizados e provavelmente também o costume de beber mate.
Em 1822, o botânico francês Auguste de Saint-Hilaire recolhe amostras de erva-mate durante a viagem que faz pelo Brasil e a classifica na nomenclatura científica oficial como "Ilex paraguariensis".
No século XIX, o Paraguai se isola dos outros países, o que faz com que a Argentina e o Uruguai passem a importar erva-mate do Brasil, desenvolvendo o seu cultivo no Paraná e em Santa Catarina, regiões outrora despovoadas. O isolamento paraguaio culmina na eclosão da Guerra do Paraguai, em 1864.
Atualmente, a Argentina é o maior produtor mundial de erva-mate, graças principalmente à produção da Província de Misiones, que foi anexada pela Argentina ao Paraguai ao término da Guerra do Paraguai. O Uruguai é o país com o maior consumo mundial de mate per capita. A maior parte do mate exportado pela Argentina vai para a Síria e a maior parte do mate exportado pelo Brasil vai para o Uruguai.