Charuto/História: diferenças entre revisões

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[[File:Seattle Rainier Cigar Co - 1900.jpg|center|400px|thumb|Loja de charutos em Seattle, EUA, em 1900]]
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[[File:Zigarrenwerbung 1901.jpg|center|300px|thumb|Propaganda de charutos em Ilmenau, Alemanha, em 1901]]



[[File:La Flor De Cuesta Rey.png|center|300px|thumb|Logotipo de 1915 de uma marca americana de charutos]]
[[File:La Flor De Cuesta Rey.png|center|300px|thumb|Logotipo de 1915 de uma marca americana de charutos]]

Revisão das 21h52min de 2 de março de 2009

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A origem do charuto é incerta. Sabe-se que os índios do continente americano utilizavam o fumo em rituais religiosos, antes da chegada de Colombo, seja utilizando fumo moído embalado em folhas de outras plantas, seja utilizando cachimbos, forquilhas, caniços ou folhas de tabaco enroladas com barbantes.

Concretamente, o mais antigo registro do charuto que existe é um vaso maia do século X, encontrado nas ruínas de Uaxactún, Guatemala, que mostra um indivíduo fumando folhas de tabaco enroladas com um barbante.

Estela maia

Com a chegada dos europeus ao continente americano, o tabaco, e por extensão o charuto, ganhou o mundo. Os primeiros europeus a terem contato com o charuto foram Rodrigo de Jerez e Luiz de Torres, dois marinheiros da esquadra de Colombo que foram por este enviados para explorar a região ao redor da baía de Bariay, ao norte da atual província cubana de Holguín. Quando retornaram de sua excursão, estes relataram terem encontrado "mulheres e homens, com um tição entre as mãos e ervas para tomar a defumação à qual estavam acostumados". Quando regressou a Ayamnte, na Espanha, Jerez levava consigo algumas folhas de tabaco, e mostrou a familiares e amigos como usá-las para fumar. O que lhe custou caro, pois foi acusado de estar possuído pelo demônio, e condenado a anos de prisão.

Chegada de Colombo às Américas

O tabaco continuou a sofrer muitas perseguições por parte dos governos de países como Pérsia, Rússia, Japão e Turquia. Porém, com a publicação de um estudo científico do alemão Johan Neander sobre os efeitos terapêuticos do tabaco, a situação se reverteu, e o tabaco passou a ser encarado como um remédio para diversos males. A rainha francesa Catarina de Médici, por exemplo, passou a usar o tabaco aspirado sob a forma de pó para curar sua enxaqueca, sob orientação médica. Vale lembrar que o tabaco foi apresentado a ela por Jean Nicot, o embaixador francês em Portugal. Do sobrenome Nicot surgiu denominação científica da planta, Nicotiana.

Cartaz americano de charuto em 1868


Chineses fabricando charutos em San Francisco, EUA, em 1869
Loja de charutos em Seattle, EUA, em 1900
Propaganda de charutos em Ilmenau, Alemanha, em 1901


Logotipo de 1915 de uma marca americana de charutos
Fabricação de charutos em Porto Rico, em 1942


Mais recentemente, no entanto, diversos estudos científicos começaram a apontar uma relação positiva entre tabaco e diversas doenças, como câncer. Como resultado, diversos países aprovaram leis restringindo o fumo em locais públicos.

Aviso numa enfermaria em Daly City, Califórnia, EUA


Hoje em dia, existem grandes países produtores de fumo para charuto fora do continente americano, como Camarões e Indonésia. Porém os melhores charutos ainda são produzidos a partir de plantas cultivadas na América Central, em países como República Dominicana, Nicarágua e especialmente Cuba, na região de Vuelta Abajo, Pinar del Río.

Plantação de tabaco em Pinar del Río, Cuba