Civilização Egípcia/Antigo império/Dinastias do Antigo Império 3 e 4: diferenças entre revisões

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Antigo império dinastias 3 e 4
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*Mâneton o chama Soris
'''Snefru''' – era o nome de nascimento do rei, seu nome Hórus
*Lista de reis - Snofru
era Nebmaat. Ele foi o primeiro a ter seu nome de nascimento, Snefru, colocado dentro de um cartucho, num oval no alto a esquerda. Depois dele, foi sempre pelo nome de cartucho que os faraós ficaram conhecidos. Snefru deve ter sido filho de Huni, seu antecessor embora haja controvérsias, sua mãe deve ter sido Meresankh I, uma esposa menor ou concubina.<br>
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Ele quase certamente casou-se com ''Hetepheres I'' que foi a mãe de seu filho e sucessor ''Khufu'' (Queóps). <br>
Ele foi o primeiro rei a ter seu nome de nascimento, Sneferu, colocado dentro de um cartucho, num oval no alto a esquerda. Depois dele, foi sempre pelo nome de cartucho que os faraós ficaram conhecidos. <br>
Snefru foi um dos mais renomados construtores de pirâmides não só pela quantidade de obras, mas pela escala de construções e as formas revolucionárias.<br>
Sneferu deve ter sido filho de Huni, seu antecessor embora haja controvérsias, sua mãe deve ter sido Meresankh I, uma esposa menor ou concubina.<br>
Ele fez um governo forte e todo poder estava centralizado em suas mãos. Aparentemente alguns de seus filhos se tornaram vizires e Snefru reorganizou a terra entre os nobres, de modo a impedir que se tornassem muito poderosos. Não certeza de onde ele foi enterrado, alguns acreditam que foi na Pirâmide Vermelha em Dashur.
Ele quase certamente casou-se com Hetepheres I para legitimar o poder, já que sua mãe não era de sangue real, e Hetepheres I foi a mãe de seu filho e sucessor ''Khufu'' (Queóps). <br>
Sneferu foi um dos mais renomados construtores de pirâmides não só pela quantidade de obras, mas pela escala de construções e as formas revolucionárias. Ele foi o primeiro a construir uma pirâmide verdadeira, a evolução é a seguinte: a pirâmide de Maidum é uma pirâmide de degraus modificada, a pirâmide torta é a primeira tentativa e a pirâmide vermelha é a versão final.<br>
Sneferu fez um governo forte e todo poder estava centralizado em suas mãos. Suas campanhas militares contra os núbios e os líbios estão registradas na ''Pedra de Palermo''. <br>
Aparentemente alguns de seus filhos se tornaram vizires e Sneferu dividiu as terras entre os nobres, de modo a impedir que se tornassem muito poderosos. Em seu governo houve comércio com os países do Mediterrâneo e também com o Líbano. <br>
Não há certeza de onde ele foi enterrado, alguns acreditam que foi na Pirâmide Vermelha em Dashur, porque lá foi encontrada uma múmia de um homem de meia idade que poderia ser o faraó. <br>



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'''Khufu''' – ou ''Queóps'' como o conhecemos, também era chamado pelos gregos Cheops. Foi o faraó que mandou construir a Grande Pirâmide de Gizé. <br>
'''Khufu''' – ou ''Queóps'' como o conhecemos, também era chamado pelos gregos Cheops. Foi o faraó que mandou construir a Grande Pirâmide de Gizé. <br>

Revisão das 21h10min de 14 de fevereiro de 2009

Civilização Egípcia/Índice

Dinastias 3 e 4


vasilha com serekh de Khaba

Faraós da Terceira Dinastia

  • Nebka (Sanakhte)
  • Netjerykhet (Djoser)
  • Sekhemkhet (Djoser Teti)
  • Khaba
  • Huni

*Nebkha (Hórus o vitorioso protetor)

  • Mâneton o chama Necherophes, Necherochis, Mesochris
  • Lista de reis – Nebka O senhor do Ka.

Algumas listas se referem a ele como Nebka, outras como Sanakhte então é possível que os dois nomes sejam da mesma pessoa ou pode ser que Sanakhte tenha sido outro governante. Sua posição entre os governantes é complicada porque o nome Sanakhte não pertence a nenhum dos reis das listas.
De acordo com a tradição, ele é considerado o fundador da 3ª dinastia e irmão mais velho de Djoser, mas, isso não é afirmado pois não há comprovação, afinal não se sabe quase nada do período de seu reinado. Sua tumba não foi identificada, os restos mortais encontrados numa mastaba em Beit Kallahf, perto de Abidos, conferem com a descrição de Mâneton de um homem alto e forte, portanto há possibilidades de que ali tenha sido o local de sepultamento deste faraó. Não foi encontrado nenhum monumento funerário, pirâmide ou templo com seu nome.
Já o nome de Sanakhte foi encontrado nos restos de uma pequena pirâmide em Elefantina. Ele também é representado golpeando um inimigo, na pose tradicional dos faraós, num fragmento de relevo encontrado no Sinai.

*Netjerikhet Djoser (Hórus,divino corpo)

estátua de Djoser em Saqqara
  • Mâneton o chama Tosorthros, Sesorthos, Sosorthus. Soyphus
  • Lista de reis - Djoser Sa, Djoser, Djoser-it, Djeser Nebu, Netjerikhet Djoser

Na Lista de Reis de Turim o nome de Djoser está inscrito em vermelho.

Ele é mais conhecido por sua Pirâmide de Degraus em Saqqara. O complexo mortuário (pirâmide, templos, câmaras de sepultamento e as tumbas) é um dos grandes passos para a evolução da pirâmide verdadeira que vai surgir logo depois.
Esse faraó foi conhecido pelo nome Netjerikhet e somente no Novo Império ele é mencionado como Djoser. As referências à Pirâmide de Degraus é que confirmam que Netjerikhet e Djoser são a mesma pessoa.
É possível que ele tenha sido filho de Nimataap e Khasekhemwy.
Durante o seu reinado enfrentou sete anos de fome que maltratou o povo do Egito. O sacerdote Imhotep o aconselhou a ir até Elefantina e lá erigir um templo para Khnum, o deus que controlava o Nilo. Assim o faraó fez e logo em seguida voltaram as cheias e a fome acabou. As inscrições que contam essa história são da dinastia dos Ptolomeus, o que prova que Djoser era lembrado e venerado mais de dois mil anos depois de sua morte.
No reinado de Djoser a capital passou a ser Mênfis e a necrópole passou para Saqqara.
Foi um tempo de grande progresso, nas artes, literatura, organização do governo, na religião e principalmente tempo de grandes obras.
Imhotep, que era o vizir, sacerdote, arquiteto, poeta, médico e cuja origem não se conhece, muitos argumentam que ele seria filho do faraó, foi o responsável pelo legado de Djoser. Ele foi venerado como um deus e até 2500 anos após sua morte, na fase romana ainda era visto dessa forma, coisa inédita no antigo Egito.
A Pirâmide de Degraus e o complexo de Saqqara, foram construções erigidas numa escala nunca vista antes, de onde se deduz que o governo era firme e próspero. Foi a engenhosidade de Imhotep que abriu caminho para as obras magníficas que veremos posteriormente.

Ficheiro:Sekhemkhet.jpg
o faraó Sekhemkhet golpeando um inimigo

*Sekhemkhet, (Hórus, poderoso corpo)

  • Mâneton o chama Tyreis, Tyris, Tosortasis
  • Lista de reis - Teti, Djoser-Teti, Djoser-ti, Djeser-Teti, Iteti

Sekhemkhet era um faraó totalmente desconhecido até que, em 1951 foi descoberta em Saqqara uma pirâmide interminada e enterrada. Fotografias aéreas da área próxima da Pirâmide de Degraus de Djoser, mostravam que havia um muro sob a areia, e de fato, os restos de uma pirâmide inacabada que seria maior do que a de Djoser lá estavam.Talvez ela fosse duas vezes mais alta antes que abandonassem o trabalho e esse local fosse usado como canteiro de obras para outras construções.
É possível que esse faraó tenha reinado durante pouco tempo e quando morreu, o trabalho em seu túmulo tenha parado. Dentro de uma câmara na pirâmide, foi encontrado um sarcófago de alabastro selado, mas, para tristeza dos arqueólogos, estava vazio, não havia múmia. O misterioso Sekhemkhet não foi encontrado.
Houve um meticuloso planejamento para a construção dessa pirâmide, havia 132 depósitos conectados entre si e local do sepultamento estava colocado exatamente sob o centro da pirâmide. Lá dentro foram encontradas centenas de potes quebrados, trabalhos em ouro e joalheria. Nos potes havia a inscrição com o nome de Sekhemkhet e outras inscrições de Djoser-ti.
O sarcófago de alabastro não possuía tampa, era fechado por uma cobertura que corria a partir dos pés e que estava fechada e completamente selada. Muitos acharam que era uma tumba inviolada mas ao ser aberto, o sarcófago estava vazio.
Acredita-se que, na antiguidade a sepultura foi violada e bem mais tarde tanto o caixão quanto a tumba foram consertados.
Ao sul da pirâmide inacabada, foi encontrada uma pequena mastaba que continha um caixão de madeira com o corpo de uma criança de 2 ou 3 anos, não se sabe se seria filho do faraó.
Como registro deste rei há um relevo em Wadi Maghara que mostra a tradicional figura do faraó golpeando seu inimigo com a maça.

*Khaba (Hórus, surge o Ba)

  • Mâneton o chama Mesochris
  • Lista de reis - Hudjefa, Neferkare Bela é a alma de Ra, Nebkare Senhor das Almas, Ra

É possível que Khaba e Nebka (o primeiro da dinastia) sejam a mesma pessoa, porque praticamente nada se sabe sobre esse rei.
Seu nome está apagado na Lista de Turim, talvez por problemas dinásticos ou porque o escriba não conseguiu ler o nome em escritos antigos.
Ele está registrado na tumba de Sahure com uma inscrição e poucos vasos de pedra, a sua própria tumba não foi encontrada. Acredita-se que o monumento funerário, uma pirâmide de degraus inacabada em Zawyet el-Aryan, próximo a Saqqara seja de Khaba.

*Huni (?)

  • Mâneton o chama Kerpheris, Aches
  • Lista de reis – Huni

Não se conhece seu nome de Hórus ou outros, mas ele está registrado na lista de reis de Saqqara e de Turim, mas não na de Abidos.
Foi encontrada uma inscrição com seu nome em Assuã e na Pedra de Palermo há uma outra forma de seu nome. Além disso nada foi encontrado, nem uma estátua, um relevo, inscrição ou algum desenho que seja comprovadamente deste rei.
Acredita-se que ele seja o responsável por várias pequenas pirâmides espalhadas através do Egito, em áreas remotas. Nem sequer se sabe para que foram construídas, se como marcos de fronteira, de estados ou qualquer outra coisa, elas são pequenas e não contêm câmaras internas, não são tumbas.
É possível que a pirâmide de Abu Rawash, ao norte de Gizé seja deste faraó porque os tijolos usados para sua construção são típicos da 3ª dinastia.

Faraós da Quarta Dinastia

  • Sneferu
  • Khufu (Queóps)
  • Djedefre
  • Khafre (Quefren)
  • Menkaure (Miquerinos)
  • Shepseskaf

*Sneferu (Hórus, Senhor da ordem cosmológica)

  • Mâneton o chama Soris
  • Lista de reis - Snofru
pirâmide de Meidum

Ele foi o primeiro rei a ter seu nome de nascimento, Sneferu, colocado dentro de um cartucho, num oval no alto a esquerda. Depois dele, foi sempre pelo nome de cartucho que os faraós ficaram conhecidos.
Sneferu deve ter sido filho de Huni, seu antecessor embora haja controvérsias, sua mãe deve ter sido Meresankh I, uma esposa menor ou concubina.
Ele quase certamente casou-se com Hetepheres I para legitimar o poder, já que sua mãe não era de sangue real, e Hetepheres I foi a mãe de seu filho e sucessor Khufu (Queóps).
Sneferu foi um dos mais renomados construtores de pirâmides não só pela quantidade de obras, mas pela escala de construções e as formas revolucionárias. Ele foi o primeiro a construir uma pirâmide verdadeira, a evolução é a seguinte: a pirâmide de Maidum é uma pirâmide de degraus modificada, a pirâmide torta é a primeira tentativa e a pirâmide vermelha é a versão final.
Sneferu fez um governo forte e todo poder estava centralizado em suas mãos. Suas campanhas militares contra os núbios e os líbios estão registradas na Pedra de Palermo.
Aparentemente alguns de seus filhos se tornaram vizires e Sneferu dividiu as terras entre os nobres, de modo a impedir que se tornassem muito poderosos. Em seu governo houve comércio com os países do Mediterrâneo e também com o Líbano.
Não há certeza de onde ele foi enterrado, alguns acreditam que foi na Pirâmide Vermelha em Dashur, porque lá foi encontrada uma múmia de um homem de meia idade que poderia ser o faraó.




Khufu – ou Queóps como o conhecemos, também era chamado pelos gregos Cheops. Foi o faraó que mandou construir a Grande Pirâmide de Gizé.

Queóps

Embora seu avô Djoser Netjeriket e seu pai Snefru, sejam lembrados como governantes benevolentes e misericordiosos, Heródoto registra Queóps como um governante cruel. O nome Hórus de Queóps era Medjedu e seu nome completo de nascimento era Khnum-Khufu, que significa o deus Khnum me protege. Khnum era considerado o deus local de Elefantina, perto da primeira catarata do Nilo e foi ele quem criou a humanidade em sua roda de oleiro, além de ser o responsável pelas inundações do Nilo.
O seu vizir Hemiunu foi o arquiteto da grande pirâmide.
A esposa principal de Queóps foi Merityotes. Ela e duas outras esposas foram sepultadas em uma das três pirâmides subsidiárias, que ficam ao sul do templo mortuário da grande pirâmide. Queóps teve muitos filhos, de acordo com o papiro Westcar, e embora tenha construído o maior e mais duradouro dos monumentos, não temos quase nada sobre o seu reinado.
Heródoto, que escreveu histórias e comentários sobre o Egito, por volta de 450 a.C. séculos após o reinado de Queóps, diz que o faraó, arrastou o país a todo tipo de sofrimento, fechou os templos, obrigou a todos a trabalharem para si. Diz que os egípcios nem gostavam de mencionar o nome do faraó, tão grande era seu ódio por ele. No papiro Westcar ele também é mencionado como cruel.
É curioso observar que, apesar da magnífica pirâmide que construiu e das maravilhosas mobílias fúnebres descobertas, pertencentes à mãe do faraó, rainha Hetepheres, a única figura que temos de Queóps é uma pequenina estatueta esculpida em marfim.
Sua múmia nunca foi encontrada e não se sabe se algum dia o sarcófago localizado na câmara do rei da grande pirâmide foi usado.

Djedefre – ele foi o terceiro faraó da quarta dinastia e é considerado filho de Queóps com uma esposa menor, vinda da Líbia. Sabe-se que ele foi o primeiro rei a adotar junto do nome Filho de Ra.
Os fatos sobre Djedefre ainda estão sendo avaliados, não se discute que ele era filho de Queóps mas sua mãe ainda é tema de discussão para alguns estudiosos. Sabemos sobre duas das esposas de Djedefre, que aparentemente se chamavam Hetepheres II e a irmã do rei, Khentetenka.
Permanece um mistério, o fato do faraó ter escolhido Abu Rawash para construir sua pirâmide. Existem evidências de que Djedefre não seguia a religião de acordo com sua família. Sua pirâmide possui muitos elementos que remetem aos tempos antigos e sua adoção do nome Filho de Ra, pode sugerir que novidades religiosas estavam por vir.
Muitas estátuas do faraó foram descobertas e recuperadas de sua pirâmide, inclusive cabeças, sendo que uma delas possivelmente pertenceria à primeira criação de uma esfinge.

Khafre – conhecido como Quefrén, seu nome de nascimento era Khafre, que significa Aparece como Ra.

Quefrén feito em alabastro

Provavelmente ele era o filho mais novo de Khufu com sua esposa Henutsen, de modo que foi preciso esperar o reinado de seu irmão mais velho Djedefre terminar, antes de poder subir ao trono. Como sempre, há dúvidas sobre isso.
O fato é que Quefrén prosseguiu a promoção do culto de Ra, usando o título O filho do Sol, e incorporando o nome do deus ao seu nome.
Pelas mastabas deixadas pelos nobres em seu reinado, se observa que o Egito deveria ser bastante próspero enquanto ele governou.
Foram encontrados objetos do reinado de Quefrén em Biblos, ao norte de Beirute, como também em Tell Mardikh na Síria, portanto se presume movimentos de comércio ou diplomáticos.
Quefrén deixou poucas inscrições e um dos maiores tesouros do antigo Egito, que é o complexo de pirâmides que construiu em Gizé. Alguns estudiosos acreditam que ele também foi o responsável pela construção da Grande Esfinge, que teria o rosto do faraó.
Seu reinado foi como o de seu pai, com grande prosperidade e quase nenhum distúrbio externo. O poder central foi mantido e o progresso prosseguiu em todos os setores.

Menkaure – conhecido como Miquerinos e chamado Miquerinos é Divino. Provavelmente o nome de nascimento deste faraó significa Eterno como as Almas de Ra.
Ele sucedeu a seu pai Quefrén e possivelmente sua mãe foi Khameremebty I.
Casou-se com quatro esposas, incluindo sua irmã mais velha Khameremebty II. Teve dois filhos ao que sabemos, Khuenre, o mais velho que morreu antes do pai e foi sepultado numa tumba de pedras ao sul da pirâmide de Miquerinos, e Shepsekaft, que foi seu sucessor. Também teve uma filha chamada Khentkawes.

Miquerinos

Objetos foram encontrados em Biblos ao norte de Beirute com data do reinado de Miquerinos, o que indica atividades diplomáticas ou comerciais.
Heródoto confirma a lenda que diz que o reinado de Miquerinos foi benevolente e próspero. Ele diz que, de todos os reis do Egito foi Miquerinos quem teve a reputação de ser mais justo, e que os egípcios erguiam mais preces a ele do que a qualquer outro rei.
Foram encontradas muitas estátuas do faraó em que ele está acompanhado da deusa Hathor, que recebeu as feições da rainha Khamerernebty II e de uma das deidades das províncias ou nomos.

Shepseskaf – era seu nome de nascimento que significa Sua alma é nobre. Isso é estranho porque a maior parte dos faraós deste e de outros períodos fazem referência a um deus em seus nomes e ele não.
Acredita-se que seu pai era Miquerinos e que ele foi o responsável por terminar a pirâmide do pai. Sua mãe não conhecemos, mas é provável que tenha sido uma das esposas menores. Também é quase certo que ele tenha tido pelo menos uma esposa e seu nome era Bunefer.
Ao que parece, ele enfrentou sacerdotes poderosos no culto do deus (observe que ele não coloca Ra em seu nome) e talvez rebeliões populares.
Ao contrário de seus antepassados imediatos bem como de seus sucessores, Shepseskaf escolheu para túmulo uma mastaba, que foi construída ao sul de Saqara. Chamada de Mastaba Fara´un é uma das tumbas mais curiosas do Antigo Império, tem a forma de um sarcófago e é única, portanto uma das mais pesquisadas. Não se sabe porque ele construiu uma mastaba nem porque em Saqara. Uma das possibilidades é que o Egito estivesse atravessando dificuldades financeiras e ele precisou acabar a pirâmide do pai, portanto preferiu construir para si uma tumba menos dispendiosa.

Com este faraó termina a quarta dinastia, que nunca mais seria repetida e nunca mais os faraós teriam meios de construir monumentos como aqueles no futuro.
O tempo dos governantes divinos e projetos grandiosos feitos para homenagear os deuses e os deuses vivos na figura do faraó termina aqui.

Pirâmide de Queóps