Linux para iniciantes/Instalando programas: diferenças entre revisões

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Revisão das 17h33min de 14 de agosto de 2008

Embora a maioria das distribuições já tenham a maior parte dos aplicativos essenciais para uso cotidiano, muitas vezes é necessário recorrer a instalações de outros programas, desenvolvidos por terceiros.

No Linux existem três formas de se instalar um programa, e isso depende do programa a ser instalado. Ao contrário do que acontece no Windows e no MacOS, dificilmente um programa para Linux é adquirido comprando-se na loja, ou instalando em sites externos, como o Tucows, o C-Net, e os brasileiros Baixaki e Superdownloads. A maioria dos programas em geral também é de código aberto e está disponível no que se chamam de repositórios oficiais. Cada distribuição tem uma lista de repositórios oficiais, e por isso um programador, quando vai soltar um programa para Linux, procura enviar para os repositórios das distribuições mais usadas. Distribuições populares como o Ubuntu, o Fedora e o Mandriva têm mais de 11 mil programas em seus repositórios oficiais, e por isso raramente um usuário terá problemas para achar um programa para suas necessidades, e muitas vezes mais de um, já que programadores independentes também enviam aplicativos para os repositórios oficiais.

Entretanto, os programas para instalar outros programas são geralmente diferentes em cada distribuição. O Mandriva usa o URPMI, enquanto o Debian e seus derivados (como o Ubuntu e o Kurumin) usam o Apt-Get, e o Fedora usa o YUM. Entretanto, o procedimento é mais ou menos parecido entre as distribuições. Algumas como o Slackware não têm ferramentas gráficas para instalação, e por isso tudo é feito através de linha de comando.

No Mandriva Linux, para se instalar um programa a partir do KDE, deve-se acessar o menu K e escolher a opção: "Instalar & Remover Software". Aparecerá uma caixa de diálogo solicitando a senha de root (superusuário) e a janela do Gerenciador de Software, dividido por categorias. Há no topo da janela uma caixa de busca, onde se pode escolher o programa pelo nome, pela descrição, pelo sumário ou pelos arquivos. A maioria dos sumários está em inglês.

URPMI: o gerenciador de softwares do Mandriva Linux

Quando o programa procurado não está no repositório

Em alguns casos, pode acontecer que você esteja procurando um programa que não se encontra nos repositórios oficiais da sua distribuição. Em geral, a empresa que desenvolveu o programa deixa em sua página oficial os arquivos de instalação do programa, bem como as instruções para instalar.

Existem três tipos de pacotes. A maioria das distribuições usa pacotes com a extensão .rpm, desenvolvido pela Red Hat. É a extensão usada pelo Fedora e pelo Mandriva. As distribuições baseadas no Debian, como é o caso do Ubuntu e do Kurumin, usa a extensão .deb. De qualquer forma, em geral, as empresas disponibilizam o programa de instalação nos dois tipos de pacote.

Há ainda um terceiro método de instalação mais complexo: quando o arquivo vem com o código fonte compactado, geralmente com a extensão .tar.gz ou .tar.bz2. Nesse caso, os arquivos devem ser descompactados e, em vez de serem instalados, serem compilados através de linhas de comando. Nesse caso, necessariamente o fabricante colocará as instruções de instalação, pois pode variar drasticamente de um programa para outro.

Instalando programas originalmente escritos para Windows

Excepcionalmente, pode acontecer que você precise de um programa que só rode no Windows, sem versões equivalentes para Linux. Exemplos de programas incluem o Adobe Flash, para produzir animações Flash, e o Minitab, que é um software de controle estatístico, embora atualmente com o movimento da Web 2.0 alguns desses recursos estejam disponíveis como aplicações web.

Felizmente, o Linux é um sistema flexível a ponto de ter suporte para esses programas, através de uma camada chamada Wine, que deve ser instalada à parte. O Wine é uma espécie de um emulador - apesar do nome (Wine é a sigla recursiva para "Wine is not emulator", literalmente "Wine não é emulador") que traduz as DLLs do Windows em instruções para Linux. O Wine é um programa comum. Para instalá-lo no Mandriva Linux, você deve acessar o gerenciador de programas e procurar pelo nome "Wine", aí basta selecionar e prosseguir a instalação. Todos os arquivos com a extensão .EXE passarão a ser abertos através do Wine.

Em alguns casos, porém, o programa tem uma estrutura complexa a ponto de ser impossível emular através do Wine - caso, por exemplo, do editor de imagens Corel PhotoImpact e do simulador logístico Arena. A solução para isso está no que se chama virtualização. Nesse caso, você não estará emulando um sistema operacional, mas sim literalmente instalando o Windows dentro do Linux, através de um software chamado VMWare Player, que cria uma "máquina virtual". O VMWare Player não é um software livre, e por isso deve ser instalado à parte. Para criar a máquina virtual, você pode acessar o site: http://www.easyvmx.com (em inglês), onde você poderá especificar o tamanho da memória a ser usada e o espaço em disco reservado para o "disco virtual". Aí, você terá de instalar o Windows dentro da máquina virtual.

Se você tiver comprado o computador já com o CD de instalação do Windows, então você já tem uma licença do Windows; caso contrário, você deverá comprar uma. Não há necessidade de comprar as versões mais avançadas: como o que interessa é apenas rodar os aplicativos escritos para Windows, o Windows Vista Home Basic ou o XP Home já são suficientes.

A vantagem da máquina virtual é que os aplicativos do Windows funcionam com certeza, sem qualquer bug. A desvantagem é que, como um sistema está funcionando dentro de outro, pode haver lentidão em alguns processos. Por isso aconselhamos que a virtualização seja usada apenas em último caso, se o software instalado de fato não funcionar no Wine.

No caso de jogos mais modernos para Windows, existe um emulador para Linux chamado Cedega, que tem a vantagem da aceleração 3D. Porém, esse emulador não é software livre, e deve ser comprado. Algumas distribuições têm versões comerciais, que têm esses emuladores pré-instalados. Quando o jogo é mais antigo e roda no MS-DOS - caso das primeiras edições do Doom, Heretic, Quake, Mortal Kombat, entre outros - pode-se usar o emulador livre DOSBox, disponível nos repositórios, que rodará esses jogos em geral sem problema algum.


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