Português/Escolas literárias/Brasil/Quinhentismo

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Contexto Histórico[editar | editar código-fonte]

Desembarque de Cabral em Porto Seguro de Oscar Pereira da Silva. Acervo do Museu Histórico Nacional, Rio de Janeiro.

Antes de entendermos as obras e estilos da época, temos que entender o contexto da época em que seus autores viviam.

A Europa vivia a expansão marítima e a contrarreforma. Entre 1500 e 1600, anos iniciais da colonização, o objetivo era basicamente retratar e descrever a Portugal o Novo Mundo. Por isso não são textos considerados artísticos, apesar de literários.

A contrarreforma é o outro fato importante. Com a fundação da ordem jesuíta, que tinha a função de catequizar fieis nas terras recém descobertas, eles criam uma literatura especifica para auxiliar na catequização.

Características[editar | editar código-fonte]

Literatura de informação[editar | editar código-fonte]

A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem coberta alguma. Não fazem o menor caso de encobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos neles uns ossos brancos (...) ali encaixados de tal sorte que não os molesta nem os estorva no falar, no comer ou no beber
Pero Vaz de Caminha

Mostravam a fauna, flora, relevo, cultura e costumes dos povos indígenas brasileiros com riqueza de detalhes. Todavia, apresentava-se características mágicas e fantásticas, havendo, assim, certo exagero com fantasia e magia. Os principais textos são:

  • Carta de Pero Vaz Caminha a Manuel I de Portugal;
  • Diário de Navegação de Pêro Lopes e Sousa;
  • Tratado da Terra do Brasil e a História da Província de Santa Cruz a que Vulgarmente Chamamos de Brasil de Pêro Magalhães de Gândavo;
  • Tratado Descritivo do Brasil de Gabriel Soares de Souza.

Literatura de catequese[editar | editar código-fonte]

Como já falamos, os padres jesuítas vieram com missão de catequizar os indígenas. Mas que tipo de gêneros foram usadas para lhe mostrar a cultura portuguesa?

Para envolver a população local, os missionários católicos usaram outros artifícios, como o de manter o folclore e o idioma. O foco era em aproximar o índio da cultura cristã, por isso vemos com destaque encarnações que retratavam trechos da bíblia ou da vida de santos. Na busca da conversão foram feitas músicas, cantos e narrativas de forma a encantar o público.

Principais representantes[editar | editar código-fonte]

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Pero Vaz de Caminha[editar | editar código-fonte]

Reprodução da carta de Pero Vaz
“A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes. bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Não fazem o menor caso de encobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos neles seus ossos brancos e verdadeiros, do comprimento duma mão travessa, da grossura dum fuso de algodão, agudos na ponta como furador. Metem-nos pela parte de dentro do beiço; e a parte que lhes fica entre o beiço e os dentes é feita como roque de xadrês, ali encaixado de tal sorte que não os molesta, nem os estorva no falar, no comer ou no beber.

Os cabelos seus são corredios. E andavam tosquiados, de tosquia alta. mais que de sobre-pente, de boa grandura e rapados até por cima das orelhas. E um deles trazia por baixo da solapa, de fonte a fonte para detrás, uma espécie de cabeleira de penas de ave amarelas, que seria do comprimento de um coto, mui basta e mui cerrada, que lhe cobria o toutiço e as orelhas. E andava pegada aos cabelos, pena e pena, com uma confeição branda como cera (mas não o era), de maneira que a cabeleira ficava mui redonda e mui basta, e mui igual, e não fazia míngua mais lavagem para a levantar. (...)

Dali se partiram os outros dois mancebos, que os não vimos mais. Muitos deles ou quase a maior parte dos que andavam ali traziam aqueles bicos de osso nos beiços. E alguns, que andavam sem eles, tinham os beiços furados e nos buracos uns espelhos de pau, que pareciam espelhos de borracha; outros traziam três daqueles bicos a saber, um no meio e os dois nos cabos. Ali andavam outros, quartejados de cores, a saber, metade deles da sua própria cor, e metade de tintura preta, a modos de azulada; e outros quartejados de escaques. Ali andavam entre eles três ou quatro moças, bem moças e bem gentis, com cabelos muito pretos e compridos pelas espáduas, e suas vergonhas tão altas, tão cerradinhas e tão limpas das cabeleiras que, de as muito bem olharmos, não tínhamos nenhuma vergonha.”.

Carta de achamento do Brasil-Pero Vaz de Caminha

A partir da leitura do fragmento, julgue os itens assinalando os corretos e justificando suas escolhas:

1.O narrador assume etnocentrismo em relação aos indígenas.
2.Entende a nudez como elemento da cultura e, por isso, não tem preconceito contra ela.
3.A passagem demonstra uma visão maliciosa do português ao chegar ao Brasil.
4.O texto vai de encontro ao barroco.
5.O texto vai ao encontro do quinhentismo.
6.O texto não pode ser considerado parte da literatura artística.
7.Ressalta valorizando a cultura do indígena como superior a europeia.
8.Aborda a hostilidade com que foram recebidos


Resposta questão 1
Os itens um, dois e sete podem ser entendidos pela passagem “Andam nus sem nenhuma cobertura, nem estimam nenhuma cousa de cobrir nem mostrar suas vergonhas e estão acerca disso com tanta inocência como têm de mostrar no rosto. Eles porém contudo andam muito bem curados e muito limpos e naquilo me parece ainda mais que são como as aves ou alimárias monteses que lhes faz o ar melhor pena e melhor cabelo que as mansas,(...)”. Apesar de tratar com relativa simpatia, o índio demonstra um etnocentrismo europeu. Uma das dificuldades no item um pode ser a compreensão do termo etnocentrismo.

O item três é facilmente compreendido a partir do fragmento "e suas vergonhas tão altas, tão cerradinhas e tão limpas das cabeleiras que, de as muito bem olharmos, não tínhamos nenhuma vergonha." [1] Em 4 e 5, explora-se a ideia de encontro a (oposição) e ao encontro de (concordância)[2]

O item 6 é correto, pois são manifestações literárias e não possuem caráter artístico, sendo criados de observações objetivas ou subjetivas do Brasil. Essa característica é comum a todas as produções da literatura de viajantes.[3] O item oito é falso, pois não há elementos no trecho para afirmar isso. Vale ressaltar que a recepção não foi hostil como pode ser observado a partir da leitura do texto.

Sobre o vocábulo achamento, do título, pode-se afirmar que:

1. O brasil era uma terra perdida e foi recuperada.
2. É um neologismo criado, especialmente, para expressar o ato da descoberta do Brasil, pois o autor não queria atribuir o valor de descoberta.
3. É uma construção incorreta, pois o termo achamento não existe.
4. É um registro linguístico da época.
5. Por uma metáfora, o Brasil sempre foi dos portugueses.


Resposta questão 2
* Em 1 e 5, as proposições são ilógicas e possuem conceitos históricos errados, logo, são falsas.
  • Em 2, chamento não é um neologismo, provavelmente a alternativa que geraria maior dificuldade.
  • Em 3, mesmo que achamento fosse uma construção errada, o autor tem w:licença poética para criar seu texto, mesmo que seja em prosa. [4]
  • Em 4, trata-se de um registro linguístico, pois era um termo utilizado que tornou-se obsoleto. [5]


E, segundo o que a mim e a todos pareceu, esta gente não lhes falece outra coisa para ser toda cristã, senão entender-nos, porque assim tomavam aquilo que nos viam fazer, como nós mesmos, por onde nos pareceu a todos que nenhuma idolatria, nem adoração têm. E bem creio que, se Vossa Alteza aqui mandar quem entre mais devagar ande, que todos serão tornados ao desejo de Vossa Alteza. E por isso, se alguém vier, não deixe logo de vir clérigo para os baptizar, porque já então terão mais conhecimento de nossa fé, pelos dois degredados, que aqui entre eles ficam, os quais hoje também comungaram ambos.(...)

Ora veja Vossa Alteza se quem em tal inocência vive se converterá ou não, ensinando-lhes o que pertence à sua salvação.

Carta de achamento do Brasil-Pero Vaz de Caminha
3.Sobre o interlocutor:
A)Identifique quem é o interlocutor no texto. Justifique sua resposta.
B)Por que não se poderia usar uma linguagem informal?
Resposta questão 3
A)Deveria ressaltar o termo Vossa Alteza utilizado no texto que se refere ao rei português.

B)Como a carta destina-se a um Rei, seria inapropriado a não utilização da linguagem formal


4.Citação: Etnocentrismo é um conceito antropológico, que ocorre quando um determinado individuo ou grupo de pessoas, que têm os mesmos hábitos e caráter social, discrimina outro, julgando-se melhor, seja pela sua condição social, pelos diferentes hábitos ou manias, ou até mesmo por uma diferente forma de se vestir. escreveu: «wikipédia» Citação: O relativismo cultural - é uma ideologia político-social que defende a validade e a riqueza de se observar sistemas culturais, não partindo dos conceitos ocidentais-modernos de moral e ética. escreveu: «wikipédia». Identifique se o texto possui etnocentrismo ou relativismo cultural.
Resposta questão 4
A resposta deveria trazer elementos desta passagem "E, segundo o que a mim e a todos pareceu, esta gente não lhes falece outra coisa para ser toda cristã, senão entender-nos, porque assim tomavam aquilo que nos viam fazer, como nós mesmos, por onde nos pareceu a todos que nenhuma idolatria, nem adoração têm." que justifica o etnocentrismo do texto.
5.A missão civilizadora é processo no qual foi imposta a cultura e ideologias dos europeus a outros povos[6]. Explique porque pode se considerar que a ideia da missão civilizatória está presente no texto.
Resposta questão 5
A resposta deveria trazer elementos desta passagem "E por isso, se alguém vier, não deixe logo de vir clérigo para os baptizar, porque já então terão mais conhecimento de nossa fé, pelos dois degredados, que aqui entre eles ficam, os quais hoje também comungaram ambos."
6. Pode-se afirmar a partir do texto que se trata de literatura de catequese?
Resposta questão 6
Não, pois o texto tem caráter informativo, descrevendo a descoberta ao rei português, e não tem como objetivo converter o indígena ao catolicismo.

No primeiro texto temos a passagem Citação: Ali andavam entre eles três ou quatro moças, bem moças e bem gentis, com cabelos muito pretos e compridos pelas espáduas, e suas vergonhas tão altas, tão cerradinhas e tão limpas das cabeleiras que, de as muito bem olharmos, não tínhamos nenhuma vergonha. Carta de achamento do Brasil escreveu: «{{{2}}}» O que significa o termo vergonhas.


Resposta questão 6
As vergonhas se referem a nudez que os índios encontravam-se

Ali não pôde deles haver fala, nem entendimento de proveito, por o mar quebrar na costa. Deu-lhes somente um barrete vermelho e uma carapuça de linha que levava na cabeça e um sombreiro preto. Um deles deu-lhe um sombreiro de penas de ave, compridas, com uma copazinha pequena de penas vermelhas e pardas como de papagaio; e outro deu-lhe um ramal grande de continhas brancas, miúdas, que querem parecer de aljaveira, as quais peças creio que o Capitão manda a Vossa Alteza, e com isto se volveu às naus por ser tarde e não poder haver deles mais fala, por causa do mar

Carta de achamento do Brasil-Pero Vaz de Caminha

Vale ressaltar que nesse trecho percebe-se que no encontro não era possível se comunicar com a fala, linguagem verbal, sendo necessário o uso de gesto e linguagem não-verbal(como se pode deduzir). Outro aspecto importante é o valor histórico como nessa passagem que demostra a relação de escambo já iniciada nesse primeiro contato.

De ponta a ponta é toda praia... muito chã e muito fremosa. (...) Nela até agora não pudemos saber que haja ouro nem prata... porém a terra em si é de muitos bons ares assim frios e temperados como os de Entre-Doiro-e-Minho. Águas são muitas e infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar~ dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem, porém o melhor fruto que nela se pode fazer me parece que será salvar esta gente e esta deve ser a principal semente que vossa alteza em ela deve lançar"
Carta de achamento do Brasil-Pero Vaz de Caminha

Essa passagem resume a importância da viagem: o mercantilismo (associado à exploração das colônias) e a conquista de novos fieis. Mas principalmente o caráter informativo do texto.


Figura mítica que ilustrava o livro de Gândavo, escrito em 1576

Pero de Magalhães Gândavo[editar | editar código-fonte]

Os índios andam nus sem nenhuma cobertura. Vivem em aldeias com 7 ou 8 casas. Cada casa está cheia de gente e nela cada um tem sua rede de dormir armada. Não há, entre eles, nenhum Rei, nem Justiça, somente em cada aldeia tem um principal que é como capitão, ao qual obedecem por vontade e não por força. (...) Este principal tem três ou quatro mulheres (...) Não adoram coisa alguma nem acreditam que há depois da morte glória para os bons, e pena para os maus. Assim, vivem bestialmente sem ter conta, nem peso nem medida.
Tratado da Terra do Brasil Pero de Magalhães Gândavo
A literatura de informação tem como ponto principal o destaque das riquezas das terras recém descobertas seja ela material (mercantilismo) ou espiritual (índio a ser convertido). O trecho é claro quanto ao etnocentrismo e a desvalorização da cultura indígena, além de descrever a fauna, a flora e o clima. A partir desses aspectos, um dos principais questionamentos feito à literatura de viajantes, é a importância atribuída a transmissão de informação (fatos) e a desvalorização do aspecto artístico.

O trecho a seguir de Pero de Magalhães Gândavo comprova isso:

A causa principal que me obrigou a lançar mão da presente historia, e sair com ella a luz, foi por não haver atégora pessoa quea emprendesse, havendo já setenta e tantos annos que esta Provincia he descoberta. A qual historia creio que mais esteve sepultada em tanto silencio, pelo pouco caso que os portuguezes fizerão sempre da mesma provincia, que por faltarem na terra pessoas de engenho, e curiosas que per melhor estillo, e mais copiosamente que eu a escrevessem.
História da Província Santa Cruz Pero de Magalhães Gândavo

Padre José de Anchieta[editar | editar código-fonte]

Padre José de Anchieta


I

Cordeirinha linda,
como folga o povo
porque vossa vinda
lhe dá lume novo!

Cordeirinha santa,
de Iesu querida,
vossa santa vinda
o diabo espanta.

Por isso vos canta,
com prazer, o povo,
porque vossa vinda
lhe dá lume novo.

Nossa culpa escura
fugirá depressa,
pois vossa cabeça
vem com luz tão pura

Vossa formosura
honra é do povo,
porque vossa vinda
lhe dá lume novo.

Virginal cabeça
pola fé cortada,
com vossa chegada,
já ninguém pereça.

Vinde mui depressa
ajudar o povo,
pois com vossa vinda
lhe dais lume novo.

Vós sois, cordeirinha,
de Iesu formoso,
mas o vosso esposo
já vos fez rainha.

Também padeirinha
sois de nosso povo,
pois, com vossa vinda,
lhe dais lume novo.

 

II

Não é d’Alentejo
este vosso trigo,
mas Jesus amigo
é vosso desejo.

Morro porque vejo
que este nosso povo
não anda faminto
deste trigo novo.

Santa padeirinha,
morta com cutelo,
sem nenhum farelo
é vossa farinha.

Ela é mezinha
com que sara o povo,
que, com vossa vinda,
terá trigo novo.

O pão que amassastes
dentro em vosso peito,
é o amor perfeito
com que a Deus amastes.

Deste vos fartastes,
deste dais ao povo,
porque deixe o velho
pelo trigo novo.

Não se vende em praça
este pão de vida,
porque é comida
que se dá de graça.

Ó preciosa massa!
Ó que pão tão novo
que, com vossa vinda,
quer Deus dar ao povo!

Ó que doce bolo,
que se chama graça!
Quem sem ele passa
é mui grande tolo,

Homem sem miolo,
qualquer deste povo,
que não é faminto
deste pão tão novo!

 

III

CANTAM:

Entrai ad altare Dei
virgem mártir mui formosa,
pois que sois tão digna esposa
de Iesu, que é sumo rei.

Debaixo do sacramento,
em forma de pão de trigo,
vos espera, como amigo,
com grande contentamento.

Ali tendes vosso assento.

Entrai ad altare Dei,
virgem mártir mui formosa,
pois que sois tão digna esposa
de Iesu, que é sumo rei.

Naquele lugar estreito
cabereis bem com Jesus,
Pois ele, com sua cruz,
vos coube dentro no peito,
ó virgem de grão respeito.

Entrai ad altare Dei,
virgem mártir mui formosa,
pois que sois tão digna esposa
de Iesu, que é sumo rei.


Santa Inês do Padre José de Anchieta


1. A linguagem utilizada é direta, o conteúdo é simples e há musicalidade criada a partir utilização de refrão e versos curtos. Justifique o porquê dessas escolhas.


Resposta questão 1
O principal objetivo é converter novos fies, por isso, deve ser de fácil compreensão e possuir musicalidade.
2.Analise as rimas do poema Santa Inês.


Resposta questão 2
A rima é irregular. Há rimas cruzadas (ABAB), ou seja, o primeiro verso rima com terceiro e o segundo com quarto e na terceira estrofe enlaçadas (ABBA). Observe:


Cordeirinha linda,(a)

como folga o povo(b)

porque vossa vinda(a)

lhe dá lume novo!(b)

Cordeirinha santa,(c)

de Iesu querida,(a)

vossa santa vinda(a)

o diabo espanta.(c)

Por isso vos canta(c)

com prazer o povo,(b)

porque vossa vinda(a)

lhe dá lume novo.(b)

Nossa culpa escura(d)

fugirá depressa,(e)

pois vossa cabeça(e)

vem com luz tão pura.(d)

Vossa formosura(d)

honra é do povo,(b)

porque vossa vinda(a)

lhe dá lume novo.(b)

3.Citação: O campo semântico é, pois, toda a área de significação de uma palavra ou de um grupo de palavras. Se quisermos descrever o campo semântico da palavra luva, por exemplo, incluiremos nele todas as possibilidades semânticas como: luvaria, luveiro, assentar como uma luva, atirar a luva, de luva branca, deitar a luva, macio como uma luva. escreveu: «wikipédia». A partir de seus campo semântico analise o sentido que o autor atribui a Santa Inês ao utilizar os termos padeirinha, pão, massa, trigo, doce bolo e trigo sem farelo.


Resposta questão 3
Os termos indicam alimentos essenciais à vida, ou seja, Santa Inês seria um alimento que necessitamos para a alma[7]


4.Releia o trecho

Cordeirinha linda,
como folga o povo
porque vossa vinda
lhe dá lume novo!

Cordeirinha santa,
de Iesu querida,
vossa santa vinda
o diabo espanta.


Santa Inês do Padre José de Anchieta

Nessa passagem inicial ela é chamada de cordeirinha, entretanto não usa seu sentido denotativo, e sim o conotativo. Sabendo que Citação: Conotação é a associação subjetiva, cultural e/ou emocional, que está para além do significado estrito ou literal de uma palavra, frase ou conceito. escreveu: «Wikipédia» explique o sentido de cordeirinha.

Resposta questão 4
Significa que ela é obediente e serva de Deus.[8]
5.Identifique a antítese presente no trecho I.


Resposta questão 5

Nossa culpa escura
fugirá depressa,
pois vossa cabeça
vem com luz tão pura[9]

Evangelho nas Selvas (Padre Anchieta), por Benedito Calixto (1893). Pinacoteca do Estado de São Paulo.


[...]
Não há coisa segura.
Tudo quanto se vê se vai passando.
A vida não tem dura.
O bem se vai gastando.
Toda a criatura passa voando.

[...]

Contente assim minh'alma,
do doce amor de Deus toda ferida,
o mundo deixa em calma,
buscando a outra vida,
no qual deseja ser absorvida.

[...]

 
Em Deus, meu Criador, José de Anchieta
Esse poema reforça a linguagem direta, o conteúdo é simples e há musicalidade criada a partir utilização de refrão e versos curtos, pois o principal objetivo é converter novos fies. Deve ser de fácil compreensão e deve possuir musicalidade.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. passeiweb acessado em 27 de outubro de 2012
  2. Cananet acessado em 27 de outubro de 2012
  3. Campedelli, Samira Yousself; Souza, Jésus Barbosa. Literatura brasileira e portuguesa. 2ª.ed. São PauloSaraiva, 2009. 607 p. v. Único. ISBN 9788502084292
  4. ciberduvidas acessado em 27 de outubro de 2012
  5. Educacao.uol acessado em 27 de outubro de 2012
  6. revistaescola.abril acessado em 27 de abril
  7. zemoleza acessado em 28 de outubro
  8. zemoleza acessado em 28 de outubro
  9. em 28 de outubro
Wikipedia
Wikipedia
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Quinhentismo