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Mistérios do Egito Antigo


Máscara funenária de Tutankhamon.
Máscara funenária de Tutankhamon.
para curiosos...

Introdução

Este é um livro de mistérios... Se você quer saber sobre coisas muito misteriosas, pode começar a se preparar para pesquisar e descobrir muito mais!

Os quatro filhos de Hórus

Quem não ouviu falar sobre o Antigo Egito, a grande civilização que se desenvolveu ao longo do rio Nilo, lá na África?

Hieroglifos da tumba de Seti I

Se você reconhece esse nome, também já ouviu falar sobre as múmias, o rei Escorpião, as pirâmides, os faraós, as tumbas, as maldições. As histórias do Antigo Egito nos deixam fascinados, pois ainda não se explicam muitas coisas, como o motivo de construírem as pirâmides ou por que cultuavam a vida após a morte. Além disso, dos grandes tesouros daquela época resta pouca coisa.

Não pense que você vai descobrir tudinho assim tão fácil. Afinal, um arqueólogo estuda durante muitos anos para descobrir em cada pedacinho de parede, em cada caquinho de cerâmica algumas das histórias mais interessantes. Nos papiros quase destruídos, eles conseguem traduzir e ler o que foi escrito pelos antigos egípcios.

Enquanto você não tem idade, ainda, para ser um arqueólogo, vamos juntos tentar descobrir alguns dos mistérios do antigo Egito. Será que você é bom detetive? Talvez você descubra depois de ler o primeiro capítulo do livro, sobre o rei Escorpião.

Vamos lá?

Autores[editar | editar código-fonte]

Rei Escorpião

Existiu um rei Escorpião ou isso é coisa de cinema?[editar | editar código-fonte]

Quem gosta de filmes e histórias de aventura, já deve ter ouvido falar de um rei Escorpião, e tudo indica que no Egito antes dos faraós houve de fato um rei assim chamado.

Foi encontrada, pelos arqueólogos, a cabeça de uma arma chamada maça. Ela está incompleta, mas parece que pertenceu a um rei Escorpião. Nos tempos antigos do Egito, essa arma era considerada símbolo do poder do rei. Sempre vemos nos relevos egípcios o rei esmagando o inimigo com esse tipo de arma.

Como é grande e redonda, a cabeça dessa maça, embora não esteja completa, tem desenhos. Mostra o rei usando a coroa branca do Alto Egito, com uma roupa ritual, e trazendo pendurado no cinto o rabo do boi, que representa o poder.

Existe também o desenho de um escorpião, claramente visível. O rei é representado em tamanho bem maior que as outras figuras, o que significa que ele era o mais importante.

Se esse rei existiu, ele governou o Egito antes da primeira dinastia conhecida. Portanto, o trabalho dos arqueólogos é muitíssimo complicado. Como ter certeza de coisas que aconteceram milhares de anos atrás? Até mesmo as pecinhas do quebra-cabeças se perdem e se desmancham com o tempo. Agora, detetive, é com você!

Então onde está o mistério?[editar | editar código-fonte]

Até hoje não se sabe se existiu mesmo um rei chamado Escorpião, porque não existem provas. Foi encontrada uma tumba na cidade de Abidos que é registrada como B50. Ela tem quatro aposentos e pode ter sido o local onde o rei Escorpião foi sepultado. Tumbas como aquela são muito antigas.

Mapa do Egito com a cidade de Abidos.

Lá mesmo, em Abidos, está a tumba que hoje é chamada de U-j, contendo ainda muitas coisas que deixaram para o morto, inclusive mais de duzentas jarras de vinho importadas da Palestina. Nesta tumba tem umas cento e cinquenta etiquetas feitas de marfim ou osso, onde existem inscrições que ainda podem ser lidas, formadas por símbolos e letras. O símbolo mais freqüente é um escorpião junto com uma planta.

Os arqueólogos nem mesmo sabem se esse rei existiu de fato, mas será que ele governou o Egito? E essa tumba que não tem nenhuma inscrição, será que um dia ele foi sepultado ali? Ou será que eram dele as jarras de vinho (ele bebia um bocado!)? Será que Escorpião era o nome dele ou era um título?

Fica para você a tarefa de procurar pelas respostas! Agora, há um outro capítulo te esperando.


Referências[editar | editar código-fonte]

Lista de reis


Quem escreveu essa lista? Era só um exercício escolar?[editar | editar código-fonte]

Papiro de Turim

Como vamos saber quem foram os faraós que reinaram no Egito há milhares de anos atrás? Pare para pensar! É quase impossível imaginar tanto tempo no passado!

Os arqueólogos descobriram escritos em pedras, paredes e papiros, listas com nomes de faraós. Assim, montando um quebra-cabeças, começaram a organizar as peças que combinavam e listar os faraós. É claro que se você perder algumas peças do seu quebra cabeças de 4.000 peças fica complicado montar, achou isto curioso? Imaginem pedaços muito velhos de papiros, pedaços de pedra, que complicação!

Pois então, vamos ver a história de um papiro, que hoje em dia está num museu da Itália. Ele é chamado de Lista Real de Turim ou Cânone Real de Turim. Ele foi descoberto somente em 1822 e estava todo despedaçado, em mais ou menos cento e sessenta pequenas partes.

Então quem descobriu este papiro foi um viajante italiano chamado Bernardino Drovetti, mas quem achou aquilo tudo muitíssimo interessante foi Jean François Champollion. Mas, o que estava escrito nele que era tão importante?

Bem, para começar nem se sabe de que tamanho ele era quando estava inteiro e o que escreveram nele era apenas uma lista de instituições e impostos.

Então onde está o mistério?[editar | editar código-fonte]

Escriba

Acontece que, o escriba, na época, quem sabe era um estudante, usou o lado de trás do papiro para fazer um listão com todos os governantes do Egito. Acho que ele estava praticando suas lições.

De onde será que ele copiou a lista? Será que foi ele mesmo quem a fez, de cabeça? Será que havia em algum templo uma lista assim, e ele, para praticar a copiou? Quem sabe se ainda será encontrada uma lista completa mesmo?

Se foi ele mesmo quem fez essa lista, usando sua memória, não existe outra que ainda possa ser encontrada. E, nós nunca saberemos a ordem e os nomes de todos os faraós.O que torna um grande mistério para a humanidade,questionar sobre isso.

Referências[editar | editar código-fonte]

Narmer ou Menés?


O rei Narmer e o rei Menés são a mesma pessoa?[editar | editar código-fonte]

O Egito antigo era dividido em Baixo Egito e Alto Egito. Imagine um grande país dividido em duas partes, cada parte com diversos Nomos. Cada Nomo tinha seu governante e certamente, tanto no alto quanto no baixo Egito deve ter havido alguns reis.

Quando a gente estuda a História do Egito Antigo, é famoso o rei que unificou o país, ou seja, que juntou todas as terras do Egito, e se tornou o rei de todos os egípcios. Esse rei é conhecido como Narmer.

Paleta de Narmer, parte de trás.
Paleta de Narmer, frente.

Existe uma placa feita com uma rocha chamada xisto, que mostra o rei Narmer como o unificador do Egito. Ela é chamada Paleta de Narmer.

De um lado, a placa mostra Narmer usando a coroa do alto Egito (coroa branca), do outro lado, ele usa a coroa do baixo Egito (coroa vermelha). Então se deduz que ele foi o primeiro faraó. Só podia ser chamado faraó o rei do Egito inteiro.

Então onde está o mistério?[editar | editar código-fonte]

Acontece, que um sacerdote egípcio chamado Mâneton, que escreveu uma coleção de três livros sobre a história do Egito antigo, fez também uma lista de faraós. Ele afirma que o primeiro faraó foi Menés.

Então, como saber quem foi o rei com direito de ser chamado faraó, porque juntou todas as terras do Egito? Faraó era aquele que reinava sobre o Egito inteiro e unido, será que foi o Narmer ou o Menés?

Será que Menes é o nome de Narmer em grego, porque Mâneton escreveu seus livros em grego? Será que Menes é uma mistura de diversos chefes de Nomos ou de títulos? Será que Nar e Mer devem ser lidos ao contrário, ou seja, Mernar?

Referências[editar | editar código-fonte]

  • VENDEL, Ottar. Desenho da paleta de Narmer. Visitado em 13 de fevereiro de 2008. (em inglês)
  • PETRIE MUSEUM. Narmer. Visitado em 13 de fevereiro de 2008. (em inglês)

As pirâmides


O que ainda escondem as pirâmides?[editar | editar código-fonte]

Todo mundo já ouviu falar nas grandes pirâmides do Egito. Elas são motivo de todo tipo de teorias mirabolantes.

Pirâmides de Gizé.

Na verdade, diz a história, que elas foram construídas para serem túmulos dos faraós Queóps, Quefren e Miquerinos. São estruturas enormes e que mostram como os egípcios foram arquitetos e construtores sensacionais. A maior das pirâmides é a de Queóps.

Não se pode falar das pirâmides, sem citar o nome de Djoser. Esse foi um faraó super importante porque, foi dele, a idéia de construir a primeira pirâmide.

Pirâmide de Djoser.

Na verdade, até que ele teve a idéia genial, mas quem conseguiu transformar essa idéia em realidade foi o seu vizir, que também era conselheiro, sábio em medicina e astronomia, além de arquiteto e engenheiro. Uma fera o cara! Não esqueça o nome dele: Imhotep. Essa primeira pirâmide é conhecida como Pirâmide de Degraus.

Até hoje existe muita discussão entre os estudiosos a respeito da maneira como essas pirâmides foram construídas. Realmente é muito difícil explicar como tantos blocos de pedra foram colocados sem a ajuda das máquinas que temos hoje. Existem muitas teorias mas, nunca foi encontrada nenhuma espécie de máquina que pudesse ter existido, portanto a idéia é que, esses blocos eram arrastados e superpostos por milhares de homens.

Na verdade nunca foram encontradas múmias, nem tesouros, nem sarcófagos dentro das pirâmides e isso torna essas construções muito mais interessantes. Existe, na câmara do rei da grande pirâmide uma espécie de sarcófago de pedra, mas não se acredita que algum dia alguém tivesse sido sepultado ali.

Os egípcios acreditavam que, ao morrer, o morto ia viver outra vida, de acordo com o que tivesse feito naquela que tinha terminado. De repente ele poderia ter fome, ter sede, talvez quisesse um tabuleiro para jogar seu joguinho preferido. Então, eles colocavam o morto mumificado (para chegar na outra vida perfeitinho) num sarcófago, e esse sarcófago era colocado no túmulo, junto com todas as coisas que eles imaginassem importantes para o conforto na outra vida.

Ora, os ladrões já sabiam, desde a antiguidade, das riquezas que podiam ser encontradas nos túmulos. Além disso os mortos não podiam se defender, que moleza era roubar tantas riquezas!

Nós já sabemos que é raríssimo encontrar um túmulo que não tenha sido saqueado. Se os ladrões encontraram túmulos escavados nas rochas, imaginem se eles não iam entrar nas pirâmides? Já pensou, quantos tesouros teria um túmulo daquele porte?

Então onde está o mistério?[editar | editar código-fonte]

Porque não há inscrições nas pirâmides, como existem nos túmulos bem mais simples? Se a gente for procurar fotos de outros túmulos, vamos descobrir lindos desenhos, contando a vida do morto, mostrando os deuses, o caminho para a outra vida... Nas pirâmides não tem nada.

Tumba do faraó Ramsés IX.

O que existe por trás das portas que o Dr.Zahi Hawass, Secretário Geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, encontrou? Ele mostrou pela televisão, que havia na grande pirâmide, uma passagem terminada numa porta com alças e que foi explorada por um robô. Como não há espaço para se puxar essa porta, o robô fez nela, um pequeno buraco... Atrás dela existe outra porta. E o que será que tem atrás?

Na pirâmide de Queóps não se encontrou nem vestígios dos restos mortais do faraó, como se nunca alguém tivesse sido sepultado ali. Por que será? A única coisa que sobrou dele foi uma estatueta de marfim, de 12 centímetros.

Estatueta de Queóps.

Também não foi encontrada a tampa do sarcófago que existe na câmara do rei. Será que os ladrões levaram a tampa? Deveria ser um peso absurdo e para quê?

Como no caso de Queóps, nada se sabe sobre a múmia e as riquezas de Quéfren. Foram encontradas sete estátuas desse faraó no seu templo mortuário, que estava afundado na areia.

No caso de Miquerinos foi a mesma coisa, acharam riquezas e belas estátuas no seu templo mortuário. Será que um dia vão descobrir também alguma coisa de Queóps?

Referências[editar | editar código-fonte]

  • Discovery Channel. Pirâmides. Visitado em 17 de fevereiro de 2008. (em português)
  • Geocities Fotos das pirâmides. Visitado em 17 fevereiro de 2008. (em português)
  • Guardians Tudo sobre o Egito. Visitado em 17 fevereiro de 2008. (em inglês)

A esfinge


Qual é a idade da esfinge de Gizé?[editar | editar código-fonte]

A esfinge é uma estátua enorme que fica perto das pirâmides, no planalto de Gizé, Egito, África. Praticamente todo mundo já ouviu falar, viu fotos ou jogou jogos onde aparece uma criatura com corpo de leão e cabeça humana, que propõe um enigma. Quem não resolve o enigma é morto pela esfinge.

Pois então, essa estátua, chamada Grande Esfinge de Gizé, é a maior estátua esculpida num único bloco de pedra. Foi aproveitado um penhasco que havia no local, que depois foi coberto por blocos de pedra lisa.

Esfinge com a pirâmide de Quefrén ao fundo.

A esfinge que sempre aparece nos jogos tem a cabeça de uma mulher, mas, a esfinge de Gizé parece que tem a cabeça de um homem. Alguns estudiosos dizem que ela foi construída pelo mesmo faraó que fez a segunda maior pirâmide, Quefren, e que a cabeça da esfinge é a cabeça desse faraó.

Então, a esfinge tem o corpo de um leão e a cabeça humana. Entre as patas de leão, existe uma laje de granito com uma inscrição que conta sobre um sonho que o faraó Thutmose IV, que reinou na XVIII dinastia, teve.

Essa laje é uma estela, chamada de Estela do Sonho e conta o seguinte: quando jovem, Thutmose foi caçar e muito cansado, dormiu sob a sombra da esfinge. Ele então sonhou com o deus sol Ra-Harakhte, que na forma da esfinge, lhe prometeu que se ele limpasse toda a areia que cobria o monumento se tornaria faraó do Egito. E foi exatamente isso que aconteceu.

Assim, ficamos sabendo que, quando Thutmose IV reinou, a esfinge já estava bastante coberta pela areia. Em 1816 o capitão Caviglia terminou a retirada da areia que novamente cobria a esfinge e registrou que o corpo da estátua era revestido em pedra e que provavelmente a esfinge tinha sido um dia, pintada com tinta vermelha.

Então, onde está o mistério?[editar | editar código-fonte]

Do artista David Roberts em 17 de Julho de 1839, a esfinge coberta de areia.

Em primeiro lugar, ainda não se sabe com certeza, como o nariz da esfinge foi arrancado. Há diversas teorias, mas como saber a verdade?

O professor Robert Schoch, da Universidade de Boston, afirma que a esfinge é muito mais velha do que diz a História oficial. Ele acha que a erosão que existe no corpo do monumento não foi feita pelo vento ou pela areia, foi feita sim pelas chuvas. Ora, então a esfinge seria pelo menos 2 mil e 500 anos mais velha do que se pensa, quando no Egito havia muita vegetação e muitas chuvas. Será?

Muitos pesquisadores já fizeram estudos e acreditam que existem túneis e câmaras ainda não escavados sob a esfinge. Será que algum deles esconde um grande mistério?

Segundo a professora de egiptologia da Universidade Americana do Cairo, Salima Ikram, já foram encontradas múmias, escondidas sob a axila esquerda e na parte de trás da esfinge. De quem seriam essas múmias? Por que estavam dentro do monumento? Onde estão agora?

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Tao II


Será verdade a lenda dos hipopótamos?[editar | editar código-fonte]

Houve uma época no antigo Egito, que um outro povo invadiu e governou o país. Esse povo foi chamado de Hicsos.

Escaravelho com o nome de Apófis.

O governo do Egito estava uma bagunça, enfraquecido, havia reis na cidade de Tebas e esse povo estrangeiro, que já tinha muitos membros vivendo no Baixo Egito, se fortaleceu e começou a formar um governo.

Hicso, na verdade, era o nome pelo qual era chamado o rei desse povo, mas, na História todo o povo ficou conhecido como Hicsos.

Eles possuíam armaduras, cimitarras e usavam carros de guerra puxados por cavalos (os egípcios nem conheciam os cavalos nessa época). Assim, os egípcios foram, quietinhos, aprendendo muitas coisas com esse povo estrangeiro, mas, ninguém gosta de ver seu país invadido não é? Ninguém quer ser governado por estrangeiros.

Assim sendo, na cidade de Tebas se formou um governo paralelo, de egípcios, que se preparava para lutar contra os estrangeiros. O 14º rei dessa dinastia egípcia, chamado Tao II (Sekenenre) é o personagem principal dessa lenda.

Hipopótamos.

Quem governava o Egito pelos estrangeiros era o Hicso Apófis, na cidade de Avaris. E assim, um dia ele mandou uma mensagem para o rei Tao II, dizendo que os hipopótamos do lago sagrado de Tebas não o deixavam dormir por causa dos seus roncos.

Ora essa! Tao II ficou furioso porque os hipopótamos estavam a 640 quilômetros de onde Apófis vivia. E por causa disso, ele partiu para a guerra contra os estrangeiros.

Onde está o mistério?[editar | editar código-fonte]

Bem, será que a lenda pode ser verdade? Afinal, os hipopótamos viviam num lago sagrado! Pode ser apenas imaginação, mas de onde surgiu essa lenda?

Quem seria esse povo, que sempre foi chamado de hicsos? Seriam beduínos, vindos do deserto? De onde teriam vindo para se estabelecer no Egito?

Adaga de bronze do faraó Amósis I.

Tao II morreu no primeiro ano da luta contra Apófis, mas seu filho Kamose liderando o exército, venceu os estrangeiros e depois de sua morte, seu irmão, já faraó, Amósis (Ahmose) acabou de expulsá-los. Depois disso não há mais registros que falem em Hicso. O que será que aconteceu com eles?

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As múmias

Quem tem medo das múmias?[editar | editar código-fonte]

Nos filmes de terror e aventura, as múmias são sempre as responsáveis pelos sustos e pulos que damos na cadeira. Aqueles mortos vivos cheios de ataduras velhas, caindo aos pedaços e com cara de fedorentos... Mas, de onde tiraram essa idéia? Quem são as verdadeiras múmias?

Múmia egípcia.

No antigo Egito, como já sabemos, era muito importante que depois de morto, o corpo ficasse em perfeito estado para poder viver outra vida. Essa era a crença do povo. Então, eles criaram um processo de mumificação, isto é, preservação do corpo do morto. Se depois que a pessoa morre, o corpo não for preservado, ele se decompõe, deixando apenas os ossos.

Assim, os egípcios preservavam o corpo de modo que o morto ficasse bonitinho e com jeito saudável!

Vasos cânopos.

É importante a gente compreender que, para os egípcios, uma pessoa tinha seis partes diferentes: o corpo, o ba ou personalidade; o ka ou espírito da vida; o akh ou a alma imortal; o seu nome e a sua sombra. Se a pessoa perdesse uma dessas coisas, não estava mais completa.

Por causa disso, para que a pessoa fosse completa para o outro mundo, eles criaram o processo de mumificação.

Esse processo levava por volta de setenta dias. Todos os órgãos internos eram removidos, menos o coração (que eles acreditavam fosse o mais importante). Os órgãos eram colocados nos vasos cânopos, que eram quatro. Depois secavam o corpo com natrão.

Múmias de cachorros.

Depois de seco, o corpo era enrolado em linho com resina. Eram usados muitos metros de linho, com inscrições religiosas. Além disso, dentro das tiras de linho, os sacerdotes colocavam jóias e enfeites para proteger o morto, que finalmente podia ser sepultado.

Então, onde está o mistério?[editar | editar código-fonte]

Na verdade não há motivos para ninguém se assustar com uma múmia. Pelo contrário, se você fosse uma espécie de Indiana Jones, ia adorar encontrar uma múmia. Já imaginou descobrir coisas novas a respeito de alguém que viveu há milhares de anos atrás?

Se você for pesquisar vai descobrir um pouco mais e se perguntar, será que um dente foi a prova de que aquela múmia pertenceu a Hatshepsut, uma grande governante do Egito, que reinou como faraó? De quem serão as múmias que foram encontradas, numa tumba intacta em fevereiro de 2006, no Vale dos Reis? Desde 1907, quando foi descoberta, os estudiosos não chegam a uma conclusão, nem sequer, se é um homem ou uma mulher.

Máscara da múmia de Khonsu, filho de Sennedjem.

Será que a múmia que estava em um museu que fechou em Niagara Falls, no Canadá, pode ser mesmo a do faraó Ramsés I? Quando o museu fechou, sua coleção de coisas do Egito foi comprada pela Universidade Emory de Atlanta em 2001. Junto foi a múmia, que estava muito bem conservada, apesar da falta de cuidados apropriados. Ela é muitíssimo parecida com a de Seti I e a de seu filho Ramsés II. Será que ela é a múmia do pai de Seti, Ramsés I?

Referências[editar | editar código-fonte]

Tutankhamon

Qual a causa da morte do Rei Tut?[editar | editar código-fonte]

Estátua de Tutankhamon.

Todos conhecem, pelo menos de ouvir falar, ver fotos e reportagens, o faraó Tutankhamon. Pois então vamos recordar rapidinho para quem perdeu essa aula!

Tutankhamon viveu há mais de 3.300 anos atrás e se tornou faraó quando tinha mais ou menos 9 anos de idade. Mesmo tão criança ele se casou com Ankhesenamun logo que subiu ao trono.

O Rei Tut e Ankhesenamun.

Como ele era muito criança para governar o Egito, quem governava o país eram dois homens poderosos: Ay (conselheiro) e Horemheb (comandante do exército egípcio).

Acontece que o menino faraó morreu mais ou menos, dez anos depois de subir ao trono e não deixou herdeiros. Então, Ay (que já era velho) casou com a viúva, Ankhesenamun, e se tornou faraó. Como também não teve herdeiros, quem se tornou faraó depois foi Horemheb. Depois do casamento com Ay, não se sabe que fim levou Ankhesenamun.

O fato é que ninguém ia se preocupar muito com esse faraó porque ele nem mesmo foi tão importante. Ele viveu muito pouco e nem teve tempo de fazer nada de muito marcante. O que torna o rei Tut (para os íntimos) especial é que sua tumba foi descoberta praticamente intacta.

Carter abre a tumba em 1922.

Quando em 1922, o arqueólogo Howard Carter, que era financiado pelo rico Lorde Carnarvon, encontrou a tumba do rei menino, foi um fato espantoso. Havia dentro tantas riquezas, tantos trabalhos artísticos, móveis, carros de guerra, estátuas, jóias... Tudo para um faraó que nem reinou muito tempo!

Mas o grande lance era o fato de a tumba não ter sido saqueada na antiguidade, então o rei Tut ficou sendo praticamente o faraó do Egito mais conhecido em todo mundo.

Então, onde está o mistério?[editar | editar código-fonte]

Acontece que, por causa da fama, a múmia de Tutankhamon foi examinada muitas vezes, seu rosto inclusive foi recriado por computador. Em 1963 a múmia passou pelo raio X, em 2005 foi examinada usando tomografia computadorizada.

Em 1963 se descobriu que havia um ferimento na base do crânio da múmia, o que poderia ter sido causado por um golpe. Isso teria levado o faraó a morrer. Então seria assassinato ou um simples acidente?

Raio X do crânio do faraó.

Se foi acidente, ele deve ter caído do carro de guerra. Será? Se o rei Tut morreu por causa desse ferimento e foi assassinato, quem o matou e por quê?

O que aconteceu com sua esposa Ankhesenamun, depois de casar com Ay? Ela era muito jovem e Ay muito velho. Será que também foi morta?

Depois do mais novo exame na múmia, os estudiosos chegaram a conclusão que o faraó deve ter sofrido algum acidente, porque sua perna estava quebrada. Será que foi essa a causa da morte?

Enfim, além de toda essa história ainda temos a maldição que havia na tumba do faraó Tutankhamon. Mas isso é para o outro capítulo...

Referências[editar | editar código-fonte]

As maldições


Será que as maldições funcionam?[editar | editar código-fonte]

Essa lenda das maldições começou, na verdade, com um romance de 1827 da escritora inglesa Jane Webb Louden, chamado A múmia. Depois, em 1869, Louise May Alcott escreveu um conto chamado Perdido numa pirâmide ou A maldição da múmia.

Múmia do faraó Seti I.

Quando, em 1922, a tumba do rei Tut foi aberta por Howard Carter, as histórias ficaram mais próximas da realidade, porque nunca antes alguém tinha encontrado uma tumba intacta.

Assim, dá para imaginar a empolgação da imprensa ao testemunhar a abertura da tumba. Que emoção, abrir uma tumba que estava lacrada e respirar o ar de milhares de anos.

Voltando para trás na história, antes de encontrar a tumba, ainda na Inglaterra, Carter comprou um canário e o levou com ele para o Egito. No local das escavações, os operários disseram que o pássaro dourado traria boa sorte.

No dia em que foi encontrado o primeiro degrau, o que significava que tinham encontrado alguma coisa, Carter entrou em sua tenda, bem a tempo de ver uma cobra comendo o seu canário.

Talvez esse tenha sido o primeiro acontecimento da Maldição de Tutankhamon. Depois disso, em 1923, ainda no Egito, Lorde Carnavon foi mordido por um mosquito e o local infeccionou, o que o levou a morte cinco meses depois da descoberta da tumba.

Corredor na tumba de Ramsés IV.

Conta a lenda que, no momento em que Carnavon morria no Egito, sua cadela também morria na Inglaterra. Ainda dizem que todas as luzes da cidade do Cairo (Egito) se apagaram e acenderam diversas vezes no momento da morte de Lorde Carnavon.

A imprensa publicou uma inscrição que havia na parte externa de um santuário, onde estavam os Vasos Canopos. Essa inscrição dizia:

Aos que entrarem na tumba sagrada, as asas da morte visitarão em breve.

Ainda publicada na época, a inscrição num tijolo de barro encontrado em frente de uma estátua do deus Anúbis foi traduzida assim:

Matarei todo aquele que adentrar o recinto sagrado do grande rei...

Há outras maldições também importantes, além das muito conhecidas que estão relacionadas ao rei Tut. O Dr. Zahi Hawass, conta que na tumba de Petety e sua esposa, havia a seguinte maldição:

Escutem todos!
O sacerdote de Hathor castigará em dobro aquele que
entrar nesta tumba ou fizer qualquer mal a ela.
Os deuses o confrontarão, pois sou honrado pelo seu Senhor.
Os deuses não permitirão que qualquer coisa aconteça a mim.
O crocodilo, o hipopótamo e o leão devorarão aquele que causar
qualquer malefício a minha tumba.

Há diversos tipos de maldições nas tumbas, sempre ameaçando quem perturbar o morto: ou será assombrado por toda vida, ou julgado pelo grande deus ou mesmo, seus descendentes serão varridos do planeta.

Então, onde está o mistério?[editar | editar código-fonte]

Vista do Vale dos Reis.

Se existia uma maldição super poderosa para punir quem perturbasse o descanso dos faraós, porque as tumbas foram praticamente todas saqueadas? Muitas vezes logo depois do funeral.

O Dr.Zahi Hawass, explica que, talvez os antigos egípcios usassem poeira de hematita nas tumbas, para atormentar quem lá entrasse. Parece que é uma poeira dourada que tem um cheiro terrível. Será que essa poeira junto com o calor, favorece o surgimento de germes, que certamente são nocivos ao homem?

Vale dos Reis, na frente a entrada da tumba do Rei Tut.

As tumbas ficam em lugares escondidos, é preciso atravessar túneis ou descer em poços profundos. Nesses locais sempre existem animais peçonhentos como cobras, escorpiões, aranhas, também há o risco de desabamento. Então isso é parte da maldição?

E você? Teria coragem de ser o primeiro a entrar numa tumba nunca antes explorada? Ou teria medo da maldição?

Referências[editar | editar código-fonte]

  • HAWASS, Zahi. A Maldição dos Faraós. Editora Abril e National Geographic.

Quer saber


Quer saber outras coisas curiosas?[editar | editar código-fonte]

  • Da múmia do faraó Djoser (construtor da Pirâmide de Degraus), só sobrou um pé, que está guardado no Instituto de Medicina do Cairo.
  • O Egito chegou a ser dominado pelos núbios, e foram os faraós negros da Núbia (África), que preservaram a cultura egípcia numa época muito ruim para o pais.
Taharqa, o mais importante dos reis núbios
  • A rainha Hatshepsut (18ª dinastia) foi considerada e respeitada como se fosse um faraó. Ela usava todas as vestes de um faraó, inclusive a barba ritual.
  • A História não conta, com certeza, quem foram os pais do faraó Tutankhamon.
Akhenaton e Nefertiti
  • De acordo com os livros escritos por Mâneton, Menés morreu de uma maneira trágica: atacado por um hipopótamo!
  • O faraó Thutmosis I foi o primeiro a mandar construir seu túmulo no Vale dos Reis, para evitar os roubos. Seu arquiteto, Ineni, deixou inscrito no túmulo: Eu só dirigi a escavação, ninguém me viu ou me ouviu. O que será que aconteceu com os trabalhadores?
  • O poder, no Egito era transmitido pela mulher. Portanto, se um faraó não tivesse filhos homens, o marido da filha se tornaria faraó.
  • No Sudão (África), no deserto da Núbia, existem mais pirâmides do que no Egito. Herança dos faraós negros.
  • Já viu os desenhos do faraó Akhenaton? Então procure e pense, porque ele foi retratado tão magrelo e barrigudo, tão diferente de todos os outros.
Pirâmides no Sudão
  • Existem papiros antigos que contam sobre o roubo de tumbas. Isso porque as tumbas eram roubadas tão logo o morto era sepultado. É provável que fossem os próprios parentes e amigos dos trabalhadores que construíam e sabiam que lá havia tesouros incalculáveis.
  • A primeira greve de trabalhadores da História, foi registrada no Egito. No fim do Novo Império.
  • Na cabeça da múmia de Tao II (aquele da lenda dos hipopótamos) se pode ver os ferimentos recebidos na batalha.
Nefertiti
  • Mais uma de múmias: das sepulturas da cidade de Abidos, uma das peças de maior interesse é o antebraço de uma múmia, enfeitado com jóias, que hoje está no Museu Egípcio do Cairo.
  • A famosa Batalha de Kadesh, que foi representada em todos os lugares pelo faraó Ramsés II, só foi vencida por pura sorte.
  • Quando Horemheb se tornou faraó, os fiscais que roubavam do governo, tinham o nariz cortado e os juízes corruptos recebiam cem golpes de bastão e eram exilados.
  • Dizem que, Nefertiti, a belíssima esposa do faraó Akhenaton, poderia ser estrangeira. Não se sabe, com certeza quem eram seus pais.

Glossário

Glossário[editar | editar código-fonte]

Letras: A B C D E F G H I J L M N O P Q R S T U V X Z

A[editar | editar código-fonte]

Abidos[editar | editar código-fonte]

Cidade do antigo Egito, era um centro religioso e um dos lugares de sepultamento mais importantes.

Alto Egito[editar | editar código-fonte]

Assim foi chamada a parte do Egito que ficava ao sul, começava em Assuã e terminava na antiga cidade de Mênfis. Era um dos impérios que ficava no rio Nilo.

Amon[editar | editar código-fonte]

Considerado deus dos deuses do Egito Antigo, foi cultuado junto com Rá (Amon-Rá).

Anúbis[editar | editar código-fonte]

É o nome do deus egípcio da morte. Era o deus do embalsamamento, guardião das tumbas e juiz dos mortos. Ele é representado com cabeça de chacal ou associado aos cães.

Arqueólogos[editar | editar código-fonte]

São os pesquisadores que estudam a arqueologia, ou seja, que estudam o passado.

Assuã[editar | editar código-fonte]

Uma das cidades mais antigas do Egito. Situada perto da primeira catarata do rio Nilo, ali ficavam as pedreiras que eram exploradas pelos antigos egípcios.

Avaris[editar | editar código-fonte]

Localizada na região nordeste do Delta do rio Nilo, foi uma cidade construída pelo povo estrangeiro chamado Hicsos. Eles tomaram as ruínas de uma antiga cidade e sobre elas construíram a cidade fortificada.

B[editar | editar código-fonte]

Baixo Egito[editar | editar código-fonte]

Assim foi chamada a região do Delta do rio Nilo que ficava ao norte de Mênfis.

Beduínos[editar | editar código-fonte]

Assim são chamados os nômades, independentes que vivem no deserto árabe. Eles vivem em tribos criando animais, são pastores nômades. Viajam pelo deserto durante o inverno e voltam para a extremidade do deserto durante os verões.

Bernardino Drovetti[editar | editar código-fonte]

Bernardino Michele Maria Drovetti (1776-1852) era um diplomata, explorador e antiquário italiano.

C[editar | editar código-fonte]

Cairo[editar | editar código-fonte]

Cidade egípcia e atual capital do Egito, nela se localizam as Pirâmides de Gizé, a Esfinge de Gizé entre outras construções.

Câmara[editar | editar código-fonte]

O mesmo que uma sala ou um cômodo.

Cânone[editar | editar código-fonte]

Um cânone é um conjunto de regras ou modelos sobre um determinado assunto.

Capitão Caviglia[editar | editar código-fonte]

Giovanni Battista Caviglia (1770-1845) era genovês e capitão da marinha. Foi ele quem descobriu a estátua colossal de Ramsés II, que estava caída com o rosto para baixo. Também foi ele quem encontrou uma parte da barba da esfinge, que foi levada para o Museu Britânico.

Cimitarras[editar | editar código-fonte]

São espadas de lâmina curva que ficaram muito conhecidas quando usadas pelos guerreiros muçulmanos.

D[editar | editar código-fonte]

Delta[editar | editar código-fonte]

É uma área em forma de leque que tem o solo rico onde um rio deságua. No caso do Egito, é onde deságua o rio Nilo.

Dinastia[editar | editar código-fonte]

Governantes pertencentes a mesma família que se sucedem no poder.

E[editar | editar código-fonte]

Enigma[editar | editar código-fonte]

É uma charada, um mistério, uma coisa difícil de compreender.

Escriba[editar | editar código-fonte]

Era o responsável por todas as escritas, dos templos e do governo. Registrava datas, acontecimentos, escrevia mensagens, contava o gado e as provisões.

Esfinge[editar | editar código-fonte]

Imagem com cabeça humana e corpo de leão. No antigo Egito, esfinge simbolizava o poder do faraó.

Estela[editar | editar código-fonte]

É um monumento de pedra que contém desenhos e inscrições.

F[editar | editar código-fonte]

Faraós[editar | editar código-fonte]

Assim eram chamados os reis que governavam o Egito como um país completo, ou seja o Alto Egito e o Baixo Egito.

G[editar | editar código-fonte]

H[editar | editar código-fonte]

Hematita[editar | editar código-fonte]

Minério usado na confecção de tintas pelos antigos egípcios.

Hicsos[editar | editar código-fonte]

Um povo que vivia no Delta e depois dominou parte do Egito e foi chamado de Hicsos. Na verdade, parece que Hicso se refere apenas ao rei desse povo.

Hieroglifos[editar | editar código-fonte]

É a forma mais antiga de escrita egípcia feita com símbolos e desenhos que representam sons, palavras e idéias.

Howard Carter[editar | editar código-fonte]

(1874-1939) Ficou especialmente famoso por ter encontrado a tumba do Rei Tut. Era arqueólogo nascido na Inglaterra e trabalhou com os maiores arqueólogos de sua época. Seu achado não foi apenas questão de sorte e sim, de muita dedicação e estudos.

I[editar | editar código-fonte]

Indiana Jones[editar | editar código-fonte]

É um personagem que foi criado para o cinema por Steven Spielberg e George Lucas, é um arqueólogo aventureiro. Foram feitos até hoje (abril de 2011) quatro filmes de grande sucesso e diversos jogos para vídeogame e computador.

J[editar | editar código-fonte]

Jean François Champollion[editar | editar código-fonte]

Nascido na França (1790-1832), foi um lingüista e estudioso do Egito antigo. É considerado o pai da egiptologia porque foi ele quem conseguiu decifrar os. hieróglifos.

L[editar | editar código-fonte]

Lenda[editar | editar código-fonte]

Fatos criados ou modificados pela imaginação popular. As vezes tem algum elemento real mas as vezes são totalmente inventados.

Linho[editar | editar código-fonte]

É uma planta muito fibrosa, usada para a fabricação de tecidos. Era muito importante para os egípcios. O linho é mencionado durante a História de diversos povos, inclusive no Antigo Testamento.

Lorde Carnavon[editar | editar código-fonte]

Seu nome era George Edward Stanhope Molyneux Herbert, foi 5º Lord de Carnavon. Sua importância na descoberta da tumba do Rei Tut foi enorme, porque ele entrou com o financiamento e com as ligações políticas para conseguir o direito de escavação.

M[editar | editar código-fonte]

Maça[editar | editar código-fonte]

É uma arma que tem um cabo de madeira com uma cabeça de pedra ou outro material. As primeiras representações dessa arma estão na Paleta de Narmer. Ela era usada para esmagar o adversário, como se usa um porrete.

Maldição[editar | editar código-fonte]

Seria o desejo de que males caiam alguém. Desgraça. Efeito de amaldiçoar, de desejar mal. Com o passar do tempo os pesquisadores começaram a acreditar em uma maldição da máscara do jovem faraó Tutankhamon que dizia que aqueles que tocassem na máscara do rei morreriam. E o que se viu foram algumas mortes misteriosas de pesquisadores que tocaram na máscara do pequeno e jovem faraó.

Mâneton[editar | editar código-fonte]

Foi um sacerdote egípcio que viveu no século III a.C. Ele escreveu uma coleção de três livros chamada Aegptiaca (que se perdeu, só restaram cópias), e foi daí é que foi copiada a divisão dos reis do Egito em dinastias.

Marfim[editar | editar código-fonte]

É uma substância dura, resistente, branca, rica em sais de cálcio, que forma a maior parte dos dentes. Está relacionada aos dentes caninos dos elefantes, morsas e hipopótamos.

Mênfis[editar | editar código-fonte]

Foi uma das cidades mais importantes do antigo Egito e algumas vezes sua capital. Atualmente é a cidade do Cairo (capital do Egito atual). Foi fundada por Menés.

Múmias[editar | editar código-fonte]

São cadáveres secos embalsamados e enrolados em tiras de linho. As múmias mais famosas são as do Egito, mas existem múmias de outros povos.

Mumificado[editar | editar código-fonte]

Corpo transformado em múmia.

N[editar | editar código-fonte]

Natrão[editar | editar código-fonte]

O tipo de sal usado para secar o cadáver visando a sua mumificação.

Niagara Falls[editar | editar código-fonte]

É uma cidade que fica na província de Ontário, Canadá. Sua fama e seu nome, vem das Cataratas do rio Niagara. É importante centro turístico do Canadá.

Nomos[editar | editar código-fonte]

Eram como pequenas cidades (é uma palavra grega), cada nomo tinha sua capital, emblema, divindade e regras. Isso existiu antes da unificação do Egito.

O[editar | editar código-fonte]

Osíris[editar | editar código-fonte]

Descendente de Rá, Osíris é o filho mais velho do casal Geb e Nut. Ele reinou sobre a Terra como o primeiro Faraó do Egito.

P[editar | editar código-fonte]

Palestina[editar | editar código-fonte]

É uma faixa de terra espremida entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo. É delimitada pelo deserto da Arábia e pela Península do Sinai.

Paleta[editar | editar código-fonte]

É uma placa, pode ser uma tábua ou feita de pedra ou de outro material. Uma paleta pode conter inscrições (como a Paleta de Narmer), pode servir para os pintores disporem as tintas ou pode servir como base para dispor maquiagem.

Papiro[editar | editar código-fonte]

Espécie de papel feito com o caule de uma planta aquática também chamada papiro, que os antigos egípcios usavam para escrever. Os escribas usavam para escrever cartas importamtes para os reis

Pirâmides[editar | editar código-fonte]

Uma pirâmide é um tipo de construção monumental, em pedra, com base retangular e quatro lados triangulares, que convergem para um vértice. Na verdade, além dos egípcios outros povos construíram estruturas em forma de pirâmide.

Q[editar | editar código-fonte]

R[editar | editar código-fonte]

Resina[editar | editar código-fonte]

No Egito antigo, era a substância produzida por determinadas plantas, uma delas era a árvore do Cedro, usada para embalsamar as múmias.

Rio Nilo[editar | editar código-fonte]

O rio que corta o Egito e dá vida à terra, que se torna fértil com o humus ali depositado pelas inundações.

Robert Schoch[editar | editar código-fonte]

É um geólogo norte-americano com Ph.D. em geologia e geofísica pela Universidade de Yale. Ele é um dos poucos geólogos acreditar que a Esfinge de Gizé é mais antiga do que diz a História, baseado nos estudos da erosão.

Ritual[editar | editar código-fonte]

É o conjunto dos atos de uma cerimônia religiosa.

S[editar | editar código-fonte]

Salima Ikram[editar | editar código-fonte]

Nascida em Lahore, no Paquistão é uma Egiptóloga muito famosa que hoje vive no Cairo (Egito). Ela escreveu vários livros, participou de muitos projetos dentro da arqueologia egípcia, escreve para algumas revistas e participa de programas de televisão. Ela leciona na Universidade Americana do Cairo.

Sarcófagos[editar | editar código-fonte]

Eram grandes ataúdes de pedra que em geral, continham caixões menores.

T[editar | editar código-fonte]

Tebas[editar | editar código-fonte]

Antigo nome da cidade egípcia que hoje é chamada Luxor. Fica do outro lado do rio Nilo e do Vale dos Reis..

Templo Mortuário[editar | editar código-fonte]

Construção para reverenciar o espírito do morto. Os sacerdotes realizavam rituais para manter viva a memória da pessoa a quem pertencia o templo (em geral, os faraós).

Tumba[editar | editar código-fonte]

É o local onde são sepultados os mortos. Existem tumbas escavadas na rocha ou no chão, como no Vale dos Reis.

Túmulos[editar | editar código-fonte]

É o mesmo que tumba.

Turim[editar | editar código-fonte]

É uma cidade italiana da região do Piemonte.

U[editar | editar código-fonte]

Unificação[editar | editar código-fonte]

Quem juntou (deu origem a unificação/unificou)as duas terras do Egito sob um mesmo governo foi Menés ou Narmer. O nome é motivo ainda de discussões. O fato é que a partir dessa união de nomos sob o mesmo governo, começa a real história de um grande império e começa o reinado dos faraós, que eram os reis do país unido.

V[editar | editar código-fonte]

Vale dos Reis[editar | editar código-fonte]

Região a oeste de Tebas, usada como local de sepultamento de diversos faraós e portanto se tornou um rico sítio arqueológico.

Vasos Canopos[editar | editar código-fonte]

Eram quatro vasos especiais que guardavam os órgãos internos da múmia (fígado, pulmões, estômago e intestinos), cada vaso tinha uma tampa em forma de cabeça, de homem, de falcão, de babuíno e de chacal.

Vizir[editar | editar código-fonte]

É o homem mais importante do governo do Egito, logo depois do faraó.

X[editar | editar código-fonte]

Xisto[editar | editar código-fonte]

É uma rocha metamórfica cristalina.

Z[editar | editar código-fonte]

Zahi Hawass[editar | editar código-fonte]

É o mais famoso arqueólogo do Egito. Aparece sempre nos programas de televisão e é muito respeitado por seu amor às coisas do Egito. Desde 2002 é o Chefe do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito.