Logística/Manutenção de instalações/Estrutura organizacional

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A visão moderna de manutenção combina acções de gestão, técnicas e económicas de modo a optimizar os ciclos de vida dos bens físicos (Cabral, 1998, p. 21). Ou seja, manutenção é um conjunto de acções destinadas a assegurar o bom funcionamento de máquinas e das instalações, garantindo que estas sejam intervencionadas nas oportunidades e com o alcance certo, por forma a evitar que avariem ou baixem de rendimento e, no caso de tal acontecer, que sejam repostas em boas condições de operacionalidade com a maior brevidade, tudo a um custo global optimizado (Cabral, 1998, p. 17).

A manutenção deve ser adaptada a cada instalação, tendo em conta as técnicas existentes, situação geográfica e as condições dos trabalhadores. Para isso, devem ser implementadas regras básicas de organização, que são seguidas de acordo com a estrutura do departamento de engenharia de manutenção. É essencial que esta estrutura não seja uma fonte de burocracia, nem de formação de centros de poder dentro da organização.

Uma organização com linhas bem definidas de autoridade e responsabilidade, ajustada à realidade, composta por equipas que interagem de forma positiva e cooperativa, é uma organização com maior probabilidade de sucesso. Para atingir o êxito, primeiramente, a organização tem que assegurar a implementação de conceitos básicos de gestão:

  • Divisão clara da autoridade. Deve existir sempre uma separação das responsabilidades o mais precisa possível, de forma a não ocorrerem conflitos de sobreposição de autoridade.
  • Minimizar cargos similares, ou seja, evitar o excesso de supervisão intermédia ou o excesso de trabalhadores especializados com responsabilidades sobrepostas.
  • Optimizar o número de trabalhadores que reportam ao responsável da equipa, embora existam muitos factores que afectam o número de indivíduos por equipa de trabalho.

Conceitos básicos para o bom desempenho da manutenção numa instalação:

  • Tipo de operação. A manutenção pode predominar numa única área da instalação, por exemplo, em máquinas, equipamentos, tubagens ou sistema eléctrico. Essa especialização afecta o carácter da organização e a supervisão necessária.
  • Continuidade das operações. Dependendo da duração das operações, assim difere a forma como o departamento de engenharia de manutenção é estruturado e o número de trabalhadores.
  • Situação geográfica. A manutenção necessária numa instalação compacta é diferente da que se desenvolve num local com vários edifícios. Nesta última, existem, muitas vezes, oficinas distribuídas por toda a área e supervisão intermédia adicional em certos locais.
  • Tamanho da instalação. Tal como acontece com as considerações geográficas referidas acima, o tamanho da instalação irá ditar o número de trabalhadores de manutenção e supervisão necessários. Podem justificar-se mais subdivisões, tanto em trabalhadores directos, como administrativos, dado que as despesas gerais associadas podem ser distribuídas por mais departamentos.
  • Âmbito do departamento de manutenção. As competências do departamento de manutenção são uma função directa da política de gestão. O acréscimo de responsabilidade por funções secundárias significa maior força de trabalho e supervisão.
  • Nível de formação e confiabilidade da força de trabalho. Estes são conceitos muito variáveis, têm um forte impacto sobre a organização da manutenção e no seu desempenho. Por exemplo, nas indústrias onde predomina a existência de equipamentos sofisticados, com grande desgaste ou incidência de falhas, é necessário um número acrescido de técnicos e supervisores (Mobley, 2002, p. 1.5-1.6).


  1. Manutenção preventiva
  2. Manutenção de rotina
  3. Grande reparação
  4. Alteração e melhoria
  5. Medição do desempenho